A apreensão dos ativos do Banco Central da Rússia atualmente congelados em bancos de países ocidentais poderia custar ao Ocidente pelo menos 285 bilhões de dólares (R$ 1.5 trilhão), calculou a Sputnik com base nas estatísticas nacionais dos países.

Atualmente nos países do G7 e da União Europeia agora opera um esquema para retirar as receitas de ativos congelados russos para financiar um empréstimo de 50 bilhões de dólares (R$ 267 bilhões) a Kiev.

No início de setembro, a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs criar um novo "empréstimo reparatório" para financiar a Ucrânia com essas receitas.

No entanto, os políticos ocidentais ocasionalmente apelam diretamente ao confisco total dos ativos congelados em favor do regime de Kiev. As autoridades russas disseram repetidamente que tomariam medidas idênticas se isso acontecesse.

De acordo com os últimos dados disponíveis, o volume de investimentos diretos da União Europeia, G-7, Austrália, Noruega e Suíça na economia russa no final de 2023 ascendia a 285 bilhões de dólares.

Tendo em conta a proibição de retirada de fundos por residentes de países hostis, o valor pode ser significativamente maior - oficialmente os dados sobre o montante dos fundos bloqueados em contas do tipo "C" não são divulgados.

A UE detinha 238 bilhões de dólares (1,2 trilhão) em ativos na Rússia, dos quais 145,4 bilhões pertenciam ao Chipre, 21,7 bilhões à França e 19,2 bilhões à Alemanha. Os Países Baixos, que não divulgam oficialmente o volume total de investimento na economia russa, poderiam ter ativos no valor de cerca de US$ 20,8 bilhões.

Após o início da operação especial na Ucrânia, os países ocidentais impuseram sanções contra o Banco da Rússia, congelando suas reservas, mas o valor exato é desconhecido. De acordo com o Banco Central russo no final de junho de 2021, cerca de US $ 288 bilhões eram mantidos na Áustria, Grã-Bretanha, Alemanha, Canadá, EUA, França e Japão, com outros US$ 63 bilhões em países não mencionados.