As restrições da China à exportação de germânio, metal vital para a indústria de defesa, provocaram escassez global e elevaram o preço ao maior nível em 14 anos, chegando a US$ 5.000 por quilo. A medida, parte de um controle sobre bens de uso militar, afeta mercados e preocupa fabricantes.

As restrições à exportação de germânio impostas pela China, um metal crucial para a indústria de defesa, criaram uma escassez "desesperada" e levaram os preços ao nível mais alto em pelo menos 14 anos, relata a mídia britânica.

"Seria uma sorte se aqueles que costumavam nos vender 100 quilos [de germânio] agora nos oferecessem 10, a um preço três ou quatro vezes maior", disse o trader Aaron Jerome ao Financial Times (FT).

No dia 10 de setembro, o custo do germânio atingiu seu nível mais alto desde 2011, chegando a quase US$ 5.000 (R$ 26.641) por quilo — em comparação com US$ 1.000 (R$ 5.328) no início de 2023 — relata o jornal, citando a agência de preços Fastmarkets.

No final do ano passado, o Ministério do Comércio da China anunciou que havia reforçado os controles de exportação de bens de dupla utilização para os EUA, incluindo a proibição de produtos relacionados a gálio, germânio, antimônio e materiais ultrarresistentes.

A China domina a produção de germânio, essencial para sistemas de imagem térmica usados em equipamentos militares, como caças, e as empresas frequentemente não possuem grandes estoques desse metal.