O Brasil "barrou" os Estados Unidos da reunião "Democracia Sempre", que discute assuntos como combate à desigualdade e desinformação e a democracia. A decisão acontece após uma série de desacertos diplomáticos entre os países.

Os EUA foram convidados pelo Brasil para o encontro no ano passado, organizado por Brasília e Madri. Entretanto, conforme noticiou a Folha de S. Paulo, os americanos não estão entre os 30 países convidados, que incluem outros três organizadores na edição 2025: Uruguai, Colômbia e Chile. Além deles, Canadá, Senegal, França e México estarão entre os presentes. António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), está entre os que serão convidados.

Ao jornal brasileiro, um funcionário do governo brasileiro afirmou que a cúpula será apenas para países democráticos e que um país que vive uma virada extremista, que questiona a democracia e a transparência das eleições brasileiras, não tem condições de participar.

A reunião acontecerá em Nova York, às margens da Assembleia Geral da ONU.

De acordo com a Folha, convite cita a invasão à Praça dos Três Poderes no 8 de janeiro e a invasão ao Capitólio, descrevendo estes eventos como "movimentos violentos com elementos comuns, como a rejeição da alternância democrática e da diversidade, além da exaltação de uma forma exclusiva de identidade nacional".