O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou nesta quarta-feira (29) que, por enquanto, as Forças Armadas não serão enviadas ao Rio de Janeiro após a megaoperação lançada contra o Comando Vermelho.

"A Garantia da Lei e da Ordem [GLO] primeiro tem que ser requerida pelo governador, não é uma ação espontânea do presidente da República, e o governador precisa reconhecer a incapacidade das forças locais de enfrentarem esta turbulência", declarou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.

Ele e outros ministros participaram de uma reunião de emergência de mais de três horas no Palácio da Alvorada, comandada por Lula, que vem mantendo conversas com assessores sobre a crise no Rio desde a noite de ontem (28), quando voltou de viagem à Ásia.

Lewandowski ainda declarou que o chefe do Executivo ficou "estarrecido" com a quantidade de mortes na megaoperação Contenção.

Segundo o ministro, Lula determinou que o governo federal coloque à disposição do Rio de Janeiro homens da Força Nacional e institutos nacionais de perícia para ajudar na identificação dos corpos.

Está previsto que Lewandowski e o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), viagem ainda nesta quarta-feira para o Rio de Janeiro, onde devem se reunir com o governador Cláudio Castro (PL).