GUERRA

'Será o último inverno': mídia britânica faz uma alerta sobre a Ucrânia

Por Sputinik Brasil Publicado em 30/10/2025 às 10:01
© Sputnik / Stanislav Krasilnikov

A Ucrânia não conseguirá aguentar até a primavera europeia de 2026 sem a ajuda financeira do Ocidente, escreve jornalista britânico no artigo ao The Times.

Colunista e jornalista britânico, Roger Boyes afirmou que à medida que o inverno no Hemisfério Norte se aproxima, parece cada vez mais provável que a atual linha de defesa do líder ucraniano seja a última. A questão da defesa de Kiev caiu na hierarquia das emergências estratégicas, reconhece especialista.

"O dinheiro para manter o armamento, a saúde e o calor da Ucrânia está secando. A vontade do Ocidente de apoiar a guerra está evaporando", reconheceu Roger Boyes.

O jornalista admitiu que a situação da Ucrânia poderia se estabilizar se os fundos dos ativos russos congelados fossem transferidos para o país. No entanto, as perspectivas para a implementação desta decisão parecem incertas, com a Bélgica resistindo por ter medo de destruir a confiança em seu sistema financeiro, explicou especialista.

Dirigindo-se à comunidade ocidental, Roger Boyes fez um alerta:

"Preparem-se para a paz, não será lindo", concluiu o especialista.

Desde o início da operação militar especial, a UE e os países do G7 bloquearam cerca de 300 bilhões de euros (R$ 1,86 trilhão) das reservas cambiais da Rússia, deste montante mais de 200 bilhões (R$ 1,24 trilhão) estão na UE, principalmente nas contas do sistema de compensação bélgico Euroclear.

Na semana passada, os países da UE não conseguiram chegar a um acordo na questão da proposta da Comissão Europeia sobre o uso de ativos para as necessidades de Kiev. Como segue das conclusões escritas da reunião, decidiu-se retornar à questão das opções de apoio financeiro à Ucrânia na próxima reunião.

O primeiro-ministro belga Bart de Wever disse que todos os países da UE devem compartilhar os riscos se esses fundos forem usados. Ele observou que a União Europeia deve se preparar para ações judiciais de empresas ocidentais que perderão ativos na Rússia em tal cenário.

O porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, comentando a posição da Bélgica, chamou de surpreendente o fato de que na Europa, no contexto de uma histeria militar geral, tais vozes soam.