O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou que cidadãos colombianos que atuavam como combatentes na Ucrânia foram sequestrados.

Petro solicitou que o Ministério das Relações Exteriores colombiano estabeleça contato direto com o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, para tratar do caso.

"Esses colombianos enganados parecem estar sequestrados na Ucrânia. Nosso serviço diplomático deve entrar em contato com Zelensky e pedir que ele liberte os combatentes colombianos para que retornem a sua pátria", escreveu Petro em publicação na rede X.

A declaração do presidente ocorre após a divulgação de um vídeo em que um colombiano, com sinais de agressões no rosto, afirma que comandantes da 47ª Brigada das Forças Armadas da Ucrânia estariam impedindo seu retorno ao país de origem.

Em novembro, fontes dos serviços de segurança russos informaram à agência Sputnik que cidadãos colombianos vêm sendo recrutados para integrar a brigada ucraniana Magura, que atua na região de Sumy, diante da baixa motivação entre os mobilizados ucranianos.

Relatos indicam que latino-americanos são atraídos por promessas de altos pagamentos e boas condições de serviço, mas, na realidade, enfrentam maus-tratos, riscos extremos e falta de apoio. Muitos acabam mortos em combate, e familiares denunciam que as compensações prometidas não são pagas. Ex-combatentes também relataram falhas na coordenação militar ucraniana e afirmaram que as chances de sobrevivência são mínimas devido à intensidade dos confrontos.

O Ministério da Defesa da Rússia reiterou em diversas ocasiões que o governo de Kiev utiliza estrangeiros como "bucha de canhão" e que suas forças continuarão atacando combatentes estrangeiros em todo o território ucraniano.