O Aeroporto de Congonhas, localizado na zona sul de São Paulo, precisou suspender pousos e decolagens na tarde deste domingo, 7, devido à presença de 20 pipas nas pistas. De acordo com a concessionária Aena, responsável pela administração do terminal, pelo menos dois voos foram cancelados e 12 aterrissagens tiveram de ser desviadas para outros aeroportos. Um dos aviões chegou a arremeter após múltiplas tentativas de pouso.

A Aena informou que as operações ficaram interrompidas entre 13h15 e 14h23. "As equipes do aeroporto recolheram 20 pipas e acionaram as autoridades de segurança", comunicou a concessionária. As atividades já foram normalizadas.

A jornalista Carol Poleze estava entre os passageiros afetados. O voo da Azul, que saiu de Recife às 10h, tinha previsão de chegada às 13h25 em Congonhas, mas só aterrissou às 16h30 no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, a cerca de 100 km do destino original.

Carol relatou que o piloto tentou pousar diversas vezes em Congonhas, durante aproximadamente 1h30, antes de decidir alterar a rota. Em uma das tentativas, o avião precisou arremeter. "A aeronave começou a descer e, de repente, subiu. Houve gritos a bordo e muitas pessoas ficaram extremamente nervosas. A sensação era de montanha-russa. Muitos passageiros passaram mal e alguns chegaram a vomitar", contou.

Procurada pela reportagem, a Azul não havia se manifestado até o fechamento desta edição.

A Latam informou que alguns de seus voos sofreram atrasos ou cancelamentos em razão do fechamento temporário da pista, situação que classificou como "totalmente alheia ao controle da companhia".

"A companhia ofereceu a assistência necessária aos passageiros, inclusive aos que estavam em conexão, que foram reacomodados em outros voos entre domingo, 7, e segunda, 8", afirmou a Latam.

Já a Gol relatou que precisou alterar a rota de dez voos com destino a Congonhas, que foram reabastecidos e retornarão para a capital paulista. Outros cinco voos precisaram ser cancelados.

"Todos os clientes impactados estão recebendo as tratativas previstas por resolução da Agência Nacional de Aviação Civil. A companhia reforça que as ações em relação aos voos foram tomadas com foco na segurança, valor número um da Gol", informou a empresa.