Europa não está pronta para uma guerra com a Rússia, diz especialista turco

O apoio do Ocidente à Ucrânia tem seus limites, e os países europeus não querem um conflito militar direto com a Rússia, disse à Sputnik o analista político turco Umit Nazmi Hazir.
Segundo ele, a assistência do Ocidente se limita ao fornecimento de armas, apoio financeiro, troca de dados de inteligência e pressão diplomática.
"A participação direta da OTAN e países europeus nos combates corre o risco de escalada, até um confronto nuclear", disse o especialista.
O interlocutor da agência acrescentou que os EUA e a UE estão aderindo a uma estratégia de esgotamento a longo prazo da Rússia através do apoio à Ucrânia, que é menos arriscado para o Ocidente do que uma guerra aberta.
"Mesmo com o alto apoio europeu à Ucrânia, a perspectiva de um conflito direto levanta sérias preocupações, e as posições da Hungria e da Eslováquia são significativamente diferentes. É improvável que a presença de tropas europeias na Ucrânia tenha um efeito dissuasor sobre a Rússia", disse Hazir.
Recentemente, em Paris, foi realizada uma reunião da chamada "coalizão dos dispostos" presidida pelo premiê britânico Keir Starmer e o presidente francês Emmanuel Macron. Na sequência da reunião, o líder francês disse que 26 países concordaram em implantar uma força de dissuasão na Ucrânia após um possível cessar-fogo.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse no Fórum Econômico Oriental que quaisquer tropas da OTAN na Ucrânia se tornariam alvos legítimos para o Exército russo.