CRIME

Itália julga jovem acusada de matar e enterrar bebês em quintal

Chiara Petrolini teria escondido gestações de familiares

Por Redação ANSA Publicado em 15/09/2025 às 20:17
Chiara Petrolini antes de audiência de julgamento em Parma © ANSA/Luca Amedeo Bizzarri

Começou na cidade de Parma, na Itália, o julgamento de Chiara Petrolini, estudante de 22 anos acusada de matar dois filhos recém-nascidos e de sepultá-los no jardim de sua casa em Traversetolo, pequeno município de menos de 10 mil habitantes.

O caso eclodiu em agosto de 2024, quando investigadores encontraram o cadáver de um menino enterrado no quintal da residência. Mais tarde, foram descobertos os restos mortais de outro recém-nascido morto no ano anterior.

O inquérito revelou que Petrolini escondeu as duas gestações da família e de seu então namorado, Samuel Granelli. De acordo com o Ministério Público, ela deu à luz sozinha, matou os dois bebês logo após os nascimentos e os enterrou com as próprias mãos no jardim de casa.

O segundo parto ocorreu dois dias antes de a jovem viajar de férias com os pais para Nova York, nos Estados Unidos. Em uma conversa gravada pela polícia em agosto de 2024, após ela ter sido notificada sobre a investigação, Petrolini diz aos genitores que "ninguém sabia de nada" e que ela fez "tudo sozinha".

A estudante alega, no entanto, que os dois bebês eram natimortos. Durante uma audiência nesta segunda-feira (15), Petrolini chegou a abandonar o tribunal quando a acusação exibiu a foto do menino encontrado morto em agosto de 2024.

Granelli também não quis ver a imagem e deixou a sala. Recentemente, ele reconheceu os dois filhos e assinou suas certidões de nascimento e óbito, dando a eles os nomes de Angelo Federico e Domenico Matteo, com a participação de Chiara.

Um tenente-coronel da delegacia da Arma dos Carabineiros em Traversetolo depôs no processo nesta segunda e contou que amigos de Petrolini relataram um estilo de vida incompatível com uma gravidez, com consumo frequente de álcool, cigarros e maconha.

"Todos excluíram da maneira mais categórica que Chiara Petrolini pudesse estar grávida", relatou o policial. Enquanto isso, a jovem segue em prisão domiciliar e com tornozeleira eletrônica.