CONFLITO NO ORIENTE MÉDIO

França reconhece oficialmente Estado da Palestina

Macron disse que ação foi tomada "em nome da paz"

Por Redação ANSA Publicado em 22/09/2025 às 21:03
Macron disse que ação foi tomada "em nome da paz" ANSA/AFP

Em uma conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente da França, Emmanuel Macron, formalizou nesta segunda-feira (22) o reconhecimento do Estado da Palestina.

No discurso feito em Nova York, nos Estados Unidos, o mandatário francês declarou que a ação foi tomada "em nome da paz" e chamou atenção para os acontecimentos na Faixa de Gaza.

"A França declara seu reconhecimento do Estado da Palestina no interesse da paz. Isso reconhece que os palestinos não são pessoas supérfluas na Terra", declarou Macron, recebendo aplausos estrondosos da plateia.

"Nada justifica a guerra em curso em Gaza. Pelo contrário, tudo nos obriga a colocar um fim definitivo a ela, já que não fizemos isso antes para salvar vidas. Chegou a hora de acabar com a guerra e o massacre", acrescentou.

O presidente francês mencionou que "jamais interromperá a luta contra o antissemitismo" ao denunciar o ataque de 7 de outubro de 2023 e pedindo a libertação dos reféns ainda mantidos pelo Hamas no enclave palestino.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, defendeu que todos devem se comprometer novamente com a solução de dois Estados "antes que seja tarde demais" e defendeu que a soberania nacional dos palestinos é "um direito, não uma recompensa".

"Uma solução na qual dois Estados independentes, contíguos, democráticos, viáveis e soberanos sejam mutuamente reconhecidos e plenamente integrados à comunidade internacional", disse o diplomata português.

A Autoridade Nacional Palestina (ANP) saudou a decisão "histórica e corajosa" da França, enquanto a Arábia Saudita, que organizou a cúpula ao lado dos europeus, disse que está ansiosa para seguir sua parceria com Paris e todos os outros países que buscam a paz.

O reconhecimento protagonizado pelos franceses, que mira a existência de forma pacífica entre os Estados palestino e israelense, foi seguido ontem (21) por Reino Unido, Canadá, Austrália e Portugal.