AJUDA HUMANITÁRIA

Israel diz que 'ainda está pronto' para acordo com flotilha

Governo Netanyahu acusou missão de ser organizada pelo Hamas

Por Redação ANSA Publicado em 25/09/2025 às 20:50
Embarcação navega para Gaza para levar ajuda a palestinos ANSA/EPA

O governo israelense afirmou nesta quinta-feira (25) que "ainda está pronto" para firmar um acordo construtivo sobre a Flotilha Global Sumud, frota que navega em direção à Faixa de Gaza para levar ajuda humanitária à população civil, mesmo após a missão rejeitar uma proposta de mediação feita pela Itália.

Em publicação nas redes sociais, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa'ar, disse também "que ainda está determinado a romper o bloqueio israelense e levar ajuda à Faixa de Gaza.

"Israel ainda está pronto para se envolver em qualquer acordo construtivo para transferir ajuda" da Flotilha Global Sumud "de forma legal e pacífica", escreveu o chanceler israelense.

A declaração é dada poucas horas após o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, recomendar que o grupo deveria aceitar a oferta da Igreja Católica e levar a ajuda humanitária que está transportando para o Chipre, para o Patriarcado Latino de Jerusalém entregar a carga ao enclave palestino.

No entanto, a delegação italiana do Movimento Global para Gaza informou às autoridades do "Belpaese" que os ativistas "não aceitarão a proposta".

Em entrevista coletiva, o diretor-geral do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Eden Bar, enfatizou que o governo do premiê Benjamin Netanyahu "não permitirá que nenhuma embarcação entre na zona de combate ativo e não aceitará a violação de um bloqueio naval legítimo".

"Ao mesmo tempo, Israel deixou claro, e reitero aqui, que estamos prontos, a qualquer momento, para seguir um caminho pacífico, para permitir o desembarque de ajuda em qualquer porto que aceite ajuda e para garantir que o auxílio chegue diretamente a Gaza. Qualquer recusa adicional colocará a responsabilidade sobre os organizadores da flotilha", acrescentou.

Bar ainda acusou a flotilha de ser organizada pelo Hamas e disse que o propósito da missão não é levar ajuda humanitária: "Israel propôs aos líderes da flotilha descarregar sua ajuda, suposta ajuda, no porto turístico de Ashkelon, a poucos minutos de Gaza, e transferi-la imediatamente para o enclave palestino. Infelizmente, a proposta foi rejeitada duas vezes".

Segundo o porta-voz israelense, as recusas demonstram "o verdadeiro propósito desta flotilha: provocação e serviço ao Hamas, certamente não um esforço humanitário".