O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, convidou Hamas e Israel a aceitarem e implementarem o plano de paz para a Faixa de Gaza apresentado na última segunda-feira (29) pelos Estados Unidos.

"Agora é crucial que todas as partes se comprometam com este acordo e o respeitem", disse Guterres em nota nesta terça (30), saudando o plano de Donald Trump e "o importante papel dos países árabes e muçulmanos" em sua concretização.

O secretário-geral da ONU voltou a reforçar "seu apelo por um cessar-fogo imediato e permanente, um acesso humanitário ilimitado em Gaza e a libertação imediata e incondicional de todos os reféns, esperando que isso crie as condições para a implementação da solução de dois Estados".

"As Nações Unidas permanecem firmes em seu compromisso de apoiar todos os esforços que promovam a paz, a estabilidade e um futuro mais positivo para os povos palestino e israelense, e para toda a região", concluiu o comunicado em nome de Guterres.

A proposta de paz americana menciona a criação de uma zona "desradicalizada", livre de grupos armados e que não representará mais uma ameaça aos seus vizinhos.

O texto ainda cita que Tel Aviv não ocupará ou anexará o enclave e estabelece a libertação dos reféns israelenses e de milhares de palestinos presos.

Além disso, a medida prevê uma força-tarefa para estabilizar o território.

O plano de paz de Trump recebeu aval do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que, no entanto, repetiu que "não aceitará a criação de um Estado da Palestina".

Ao mesmo tempo, o Catar anunciou que irá se reunir ainda hoje com as delegações do Hamas e da Turquia para discutir a proposta dos EUA.