Em uma reunião realizada nesta quarta-feira (15), em Roma, sobre a reconstrução da Faixa de Gaza, o governo italiano começou a articular ações voltadas aos palestinos que retornaram ao enclave após a assinatura do acordo de cessar-fogo do conflito entre Israel e Hamas.

O gabinete da primeira-ministra Giorgia Meloni afirmou que o país deu o pontapé inicial em uma "ação coordenada para desenvolver uma estratégia eficaz para gerenciar emergências" no território. Além disso, a Itália pretende "identificar as intervenções mais urgentes e viáveis no curto prazo, com atenção especial ao apoio humanitário e à área da saúde".

O ministro da Defesa Civil, Nello Musumeci, garantiu que o país está pronto para fornecer hospitais de campanha e edifícios pré-fabricados para ajudar na reconstrução de Gaza. O chefe da pasta também mencionou que especialistas estarão disponíveis para colaborar nas fases de planejamento e execução dos projetos.

"Podemos montar um hospital de campanha em poucos dias e preparar casas pré-fabricadas modulares para abrigar famílias, inclusive a médio prazo", disse Musumeci durante a reunião na capital italiana.

Já Alessandra Locatelli, ministra da Deficiência, confirmou que Roma tem condições de ajudar crianças com deficiências graves em Gaza, graças à colaboração de uma rede que envolve o Instituto Serafico de Assis e a associação "La Nostra Famiglia".

"Apresentei o projeto que desenvolvemos com a rede de assistência e reabilitação, mas também destaquei as graves deficiências nas áreas de saúde e higiene que surgiram na região devastada pela guerra, além de algumas necessidades urgentes, como absorventes", afirmou a ministra.

O ministro da Agricultura e da Soberania Alimentar, Francesco Lollobrigida, informou que a Itália terá um papel importante no processo de entrega de alimentos durante a primeira fase do acordo de cessar-fogo no enclave palestino.

"Nesse sentido, trata-se justamente de uma reconstrução que deve ser planejada em conjunto com todas as partes, para garantir segurança alimentar estável em um processo que todos esperamos que leve à paz", avaliou.

Entre as iniciativas propostas pelo Ministério das Universidades da Itália estão a ativação de cursos a distância, por meio de universidades tradicionais e online, e a criação de áreas comuns equipadas com acesso à internet e ferramentas digitais.