Aativista sueca Greta Thunberg confirmou que foi alvo de humilhações e enrolada à força em uma bandeira de Israel após ter sido presa em águas internacionais enquanto tentava chegar à Faixa de Gaza com a Flotilha Global Sumud.

Em entrevista ao jornal Aftonbladet, da Suécia, a ambientalista contou que sua mala foi rabiscada com a bandeira israelense, uma figura de pênis e a escrita "Greta p…", insulto que ela também disse ter ouvido dos soldados em sueco.

Em seguida, ela foi enrolada em uma bandeira de Israel, confirmando o relato feito por outros ativistas da flotilha, que tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza em dezenas de barcos com cerca de 500 tripulantes.

"Os guardas têm uma total falta de empatia e compaixão humana. Continuaram a fazer selfies comigo. E isso é o que eu me lembro, porque estava em choque", relatou a jovem de 22 anos, que já foi presa e deportada por Israel duas vezes em 2025.

"Se trataram dessa maneira uma pessoa branca, apesar dos refletores de todo o mundo, imagine o que são capazes de fazer com os palestinos em segredo. Há milhares e milhares de palestinos, incluindo centenas de crianças, presos em penitenciárias sem processo. Muitos deles provavelmente são torturados", acrescentou.