Renan Filho desconversa sobre candidatura e avalia possível saída de JHC da prefeitura em 2026
Em entrevista, ministro dos Transportes falou sobre possível candidatura nas eleições de 2026

O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), adotou um tom evasivo ao ser questionado sobre uma eventual candidatura ao governo de Alagoas em 2026. Durante entrevista a uma rádio em Maceió, na última sexta-feira (17), ele preferiu não cravar sua intenção de disputar o cargo, alegando que ainda é cedo para definições.
No entanto, ao falar sobre a estrutura do seu grupo político, Renan deixou claro que conta com uma base robusta e bem articulada: “Temos um verdadeiro exército: dois senadores, um governador, o presidente da Assembleia Legislativa, 20 deputados estaduais, cinco deputados federais e o apoio de 90 prefeitos”, frisou.
O ministro argumentou que o cenário político alagoano ainda está indefinido, não apenas para ele, mas também para outros possíveis postulantes, como o prefeito de Maceió, JHC (PL). Para Renan, a formação de alianças e grupos dependerá de vários fatores nos próximos meses. Entre seus aliados naturais, ele citou o governador Paulo Dantas (MDB), o senador Renan Calheiros (MDB), o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor (MDB), e um número significativo de prefeitos e parlamentares.
Possibilidade
Em entrevista ao jornal O Globo na mesma sexta-feira, Renan Filho reforçou sua posição de cautela sobre 2026. “É uma possibilidade [ser candidato]. Vou discutir isso com nosso grupo político em Alagoas”, disse, sem assumir compromisso definitivo.
Por outro lado, ele também levantou dúvidas sobre os próximos movimentos de JHC e seus aliados. Renan especulou sobre a possibilidade de o prefeito renunciar ao cargo para que Rodrigo Cunha assumisse a prefeitura e sugeriu que JHC poderia ceder o mandato de senadora de sua mãe, Eudócia Caldas (PL), em favor de Arthur Lira (PP), como parte de um acordo político.
“Temos que ver se o JHC vai renunciar para entregar a prefeitura a Rodrigo Cunha ou se ele vai abrir mão do mandato da mãe para beneficiar Arthur Lira. Ou seja, ele teria que abdicar de dois mandatos”, provocou Renan. Ainda que mantenha a indefinição sobre seu próprio futuro, o ministro destacou que sua posição no governo federal lhe permite maior flexibilidade para decidir. “Eu não sei nem se vou ser [candidato], imagine o JHC”, ironizou.
Com um cenário ainda indefinido e muitas peças em movimento, a disputa pelo governo de Alagoas promete ser uma das mais acirradas do Estado. Nos próximos meses, as articulações políticas deverão se intensificar, e as alianças começarão a tomar forma.