CPMI do INSS: Alfredo Gaspar denuncia lentidão do Estado no combate ao maior roubo da história contra aposentados e pensionistas

A CPMI do INSS ouviu, nesta quinta-feira (02), o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Marques de Carvalho. Durante a oitiva, o relator, deputado federal Alfredo Gaspar, questionou a demora do órgão em suspender acordos de cooperação técnica com associações envolvidas na fraude contra aposentados e pensionistas. Segundo o parlamentar, essa omissão deixou a porta aberta para um roubo bilionário.
“A fome de roubar é maior do que a resposta do Estado. O Brasil tem uma máquina pública lenta, burocrática e infelizmente muito corrupta. No INSS, não houve integridade nem prevenção, e essa omissão abriu espaço para um desvio bilionário. E até agora falamos apenas dos descontos associativos, ainda vamos chegar aos consignados, que podem ser ainda mais graves”, afirmou o relator.
Alfredo Gaspar também lembrou que a própria Casa Civil reconheceu a demora da CGU. “Na época da Operação Sem Desconto, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, disse em alto e bom som que a CGU demorou. Em 2023, o Tribunal de Contas já havia alertado a CGU. Em 2024, o chefe do órgão já tinha conhecimento. Uma medida cautelar simples teria evitado um prejuízo de R$ 1,5 bilhão a R$ 2 bilhões. Essa omissão custou caro ao povo brasileiro”, pontuou.
O relator reforçou ainda a gravidade do esquema e o compromisso da CPMI em buscar justiça. “Muita gente enriqueceu desviando dinheiro de aposentados e pensionistas. Esses criminosos precisam ser responsabilizados, o dinheiro devolvido e as vítimas ressarcidas. O INSS estava aberto para a corrupção, e o resultado foi o massacre financeiro de milhares de famílias”, completou.