O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou que a transição energética representa um dos maiores desafios e oportunidades da atualidade, não apenas para o Brasil, mas para o mundo.

A declaração foi feita nesta sexta-feira (7), durante o segundo dia da Cúpula de Líderes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém (PA). O evento, preparatório para a COP 30, reuniu mais de 40 chefes de Estado e de governo.

Em uma sessão temática sobre transição energética, Davi destacou o papel estratégico do Brasil na produção de energia limpa e na preservação ambiental. Ele citou a Região Norte, especialmente o Amapá, como referência em sustentabilidade.

O presidente do Senado lembrou que o Amapá é o estado mais preservado do Brasil, com cerca de 95% de sua vegetação original mantida. O estado também é considerado carbono negativo, pois sua vasta área florestal absorve mais dióxido de carbono do que emite.

“Somos, sim, um modelo de equilíbrio entre desenvolvimento e conservação ambiental”, declarou Davi.

Sobre a produção de energia limpa, o senador afirmou ser um dos principais defensores da pauta no Brasil e ressaltou sua atuação na busca pelo desenvolvimento do potencial eólico do Amapá. Para ele, a transição energética é uma oportunidade de conciliar crescimento econômico e justiça climática, promovendo inovação, geração de empregos e autonomia energética.

“O potencial eólico e solar do Amapá é algo real e temos trabalhado incansavelmente para darmos esse grande passo para o desenvolvimento econômico do estado e do país”, enfatizou.

No mesmo painel, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a criação de um fundo com recursos provenientes da exploração de combustíveis fósseis, destinado a financiar a transição para uma matriz energética mais limpa.

Lula também conclamou os líderes mundiais a superarem, com urgência, a dependência do petróleo.

COP 30

A COP 30, que será realizada em Belém entre os dias 10 e 21 de novembro, é o maior evento global da ONU sobre mudanças climáticas e reunirá líderes mundiais em busca de soluções para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e acelerar a transição para fontes renováveis de energia.

Durante o evento, a capital paraense será considerada, simbolicamente, a capital do país.