DIREITOS DAS MULHERES

Combate à violência contra a mulher deve ser prioridade do poder público, diz Zenaide

Senadora Zenaide Maia destaca importância de políticas públicas e educação para enfrentar o feminicídio e as desigualdades de gênero no Brasil

Publicado em 13/11/2025 às 09:59
Combate à violência contra a mulher deve ser prioridade do poder público, diz Zenaide Marcos Oliveira/Senado Federal

A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) ressaltou o início da campanha dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, realizada entre 20 de novembro e 10 de dezembro. Em pronunciamento nesta quarta-feira (12), Zenaide lembrou que o movimento reúne ações do Congresso Nacional, do poder público e da sociedade civil para combater a violência de gênero e as desigualdades étnico-raciais.

— Combater a violência e a desigualdade é uma tarefa coletiva. Sem isso, não podemos transformar essa triste realidade que vivemos. Em 2023, o país registrou, em média, um feminicídio a cada seis horas. Foram 1.463 mulheres assassinadas, conforme o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Esses dados são um alerta gritante. O Atlas da Violência de 2025 revelou que, entre 2022 e 2023, o número de homicídios femininos no Brasil cresceu 2,5%, contrariando a tendência de queda dos homicídios em geral, observada desde 2018. A média nacional chegou a dez mulheres mortas por dia — lamentou a senadora.

Zenaide defendeu que políticas públicas voltadas às mulheres sejam prioridade nos orçamentos federal, estadual e municipal, com ênfase em ações preventivas e investimentos em saúde, educação e segurança. Ela também sugeriu que a Lei Maria da Penha seja ensinada nas escolas e que campanhas permanentes esclareçam o significado e a gravidade do feminicídio.

— A construção de uma sociedade livre da violência e do preconceito é uma tarefa de todos nós. Essa militância é coletiva, inegociável e civilizatória. Ou investimos na educação de todos, ou reduzimos a desigualdade social — o que depende de uma educação pública de qualidade, em tempo integral, para todos —, ou nós não vamos diminuir a violência contra a mulher, em sua grande maioria — concluiu Zenaide Maia.