Secretaria de Saúde avalia situação epidemiológica da meningite no município de Capela

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) realizou, nesta quarta-feira (6), uma reunião para discutir a situação epidemiológica da meningite no município de Capela. O encontro, que ocorreu na sede da pasta, no bairro Jaraguá, em Maceió, teve como objetivo monitorar e monitorar os casos da doença, além de orientar sobre as medidas adotadas pela Saúde estadual para qualificar, ainda mais, a assistência aos pacientes.
O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, enfatizou a importância de um diagnóstico rápido e das medidas de controle adotadas. “Sabemos que o diagnóstico precoce é fundamental. Estamos empenhados em manter um bloqueio eficaz com medicamentos para os contatos de pessoas acometidas pela doença, bem como, em garantir uma assistência adequada, o que inclui leitos na rede hospitalar. Nossas equipes estão em vigilância constante para agir rapidamente diante de novos casos”, disse. A Sesau reforça, ainda, a importância de que os municípios mantenham as unidades abastecidas para que, em casos de registros da doença, o tratamento precoce seja iniciado o mais rapidamente possível. Destaca-se também a relevância de manter o calendário vacinal atualizado, uma medida eficaz no combate à doença.
Marta Celeste, pediatra e assessora técnica da Sesau, reforçau a relevância das capacitações para os profissionais de saúde. “Temos sensibilizados os profissionais e os gestores municipais sobre a importância do diagnóstico precoce e do atendimento ágil. Essa união é crucial para o controle da doença no Estado”, explicou.
A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, enfermeira Waldineia Silva, explicou que uma reunião foi solicitada pelo município de Capela diante da situação epidemiológica da cidade. “A cidade está em alerta para a possibilidade de novos casos e, por isso, solicitei essa reunião para que possam ser orientados da melhor forma. Salientamos que os casos registrados lá evoluíram para cura e que o município de Capela realizou todas as medidas possíveis, de forma imediata, para contenção da situação e não tendo casos secundários”, destacou.
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Waldinéia Silva ressalta o compromisso da Sesau em desenvolver treinamentos para os profissionais dos 102 municípios alagoanos. “Desde 2022 estamos capacitando os municípios, os serviços hospitalares e de Pronto Atendimento com relação à sintomatologia para meningite, para que possam ter um olhar mais atento e realizar um diagnóstico precoce, garantindo que o paciente possa realizar o tratamento em tempo oportuno”, enfatizou .
O superintendente pontua, ainda, que Alagoas está há 10 semanas sem ocorrências de óbitos e alerta a população que nos casos de suspeita de meningite, a unidade de saúde mais próxima da residência deve ser procurada. “A meningite se espalha de uma pessoa para fora do meio das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta de pessoas infectadas, assintomáticas ou doentes. Portanto, pedimos que as pessoas não se automedicem em casa, pois podem mascarar os sintomas. E diante de febre, cefaléia, vômitos, presença de manchas vermelhas no corpo, é necessário procurar de imediato uma unidade de saúde”, concluiu.
De janeiro a outubro de 2024 foram notificados 17 casos de doença meningocócica no estado. Desse total, 12 foram em Maceió, um em Flexeiras, um em Jequiá, um em Satuba e dois em Capela. Ainda nesse período, foram confirmadas oito mortes, sendo cinco em Maceió, uma em Satuba, uma em Jequiá e uma em Flexeiras. Capela
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A secretária de Saúde de Capela, Lícia Calheiros, destacou a importância das capacitações realizadas pela Sesau para o combate à Meningite. “Realizamos todos os protocolos que o Ministério da Saúde e a Sesau desativaram e os pacientes foram apresentados de forma precoce, realizando o tratamento em tempo oportuno. Os dois pacientes, uma criança de 9 anos, que já recebeu alta, e um adulto de 52 anos, que segue internado, mas estão recebendo todo o acompanhamento necessário”, relatou.
Ela esclareceu que as pessoas acendem são casos isolados e que o município segue em alerta no combate à doença. “Os pacientes não possuem relacionamento entre eles, não se conhecem e não convivem no mesmo bairro. Por isso, continuamos com o apoio da Sesau, investigando os casos e realizando treinamento aos profissionais de saúde, realizando a melhor contenção da doença”, disse.