A Polícia Militar de Alagoas realizou, na manhã desta sexta-feira (20), a cerimônia de inauguração das novas instalações da Companhia de Polícia Militar Independente de Ronda de Ação Intensiva Ostensiva (Raio). A unidade vai funcionar em espaço próprio na base da Rotam, no Farol. A data celebra, ainda, um ano de criação da Companhia, especializada no policiamento com motocicletas.

O comandante-geral da PM, coronel Paulo Amorim, prestigiou a solenidade e destacou a importância da Raio para a instituição. “É uma unidade especializada que concentra grande técnica no policiamento com motocicletas. Eles podem operar em locais impossíveis para outros tipos de veículos, possibilitando assim um excelente recobrimento de área por meio de uma das modalidades mais versáteis e de rápida resposta que existem disponíveis”, destacou.

A cerimônia contou com entrega de homenagens a pessoas que contribuíram com o engrandecimento da Companhia no último ano. Entre os homenageados, estava o atual comandante do 2º Batalhão, major Glauber Patrick, que foi o primeiro comandante da Raio. “É uma grande satisfação receber essa homenagem, que representa o reconhecimento por um trabalho desenvolvido com muita seriedade. Aqui, conseguimos estruturar a Companhia e colaborar para que hoje ela esteja firme e contribuindo com a segurança da nossa população”, ressaltou.

Prestigiaram o evento: o diretor de Logística, coronel Carlos Azevedo; o superintendente de Gestão Estratégica e Políticas de Integração da SSP, coronel da reserva remunerada Jairison Correia; o subcomandante de Policiamento da Região Metropolitana; tenente-coronel Hiraque Agnnes; o comandante da Rotam, tenente-coronel Lima Lins; o comandante do Bope, tenente-coronel Henrique Jatobá; o comandante da Raio, capitão Daniel Pita; o chefe da Frota da SSP, Leone Gomes Filho, além de convidados, oficiais e praças da unidade operacional.

HISTÓRICO DA RAIO

O Pelotão de Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam) foi instituído em 5 de outubro de 2005, no então Batalhão de Polícia de Radiopatrulha - BPRp, visando aprimorar o atendimento célere das ocorrências designadas via Copom, trazendo a modalidade doutrinária da Polícia Militar do Estado de São Paulo – PMESP, composta por três integrantes por guarnição, desempenhando o motopatrulhamento.

Em  janeiro de 2023, o comando da PM julgou ser interessante emancipar o pelotão de Rocam, preservando a identidade de especialização em patrulhamento tático, transformando-o em uma unidade responsável pela modalidade de policiamento ostensivo com motocicletas, cuja nomenclatura seria Companhia de Polícia Militar Independente de Ronda de Ação Intensiva Ostensiva – CPM/I Raio. 

A efetivação da implementação aconteceu em 5 de setembro de 2023, com a promulgação do Decreto Nº 93.446, publicado no Diário Oficial do Estado de Alagoas.

ORIGEM DO POLICIAMENTO COM MOTOCICLETAS

A modalidade de policiamento com motocicletas, no Brasil, foi criada na cidade de São Paulo no ano de 1982 para apoiar as viaturas de quatro rodas e combater crimes praticados nos centros comerciais, corredores bancários e em terrenos e locais de difícil acesso, tendo como sede o 1º Batalhão de Choque (BPChq) da Polícia Militar paulista.

Em Alagoas, esse tipo de policiamento foi trazido em 2007 com o objetivo de atuar no combate a roubos que estavam sendo praticados por criminosos em motocicletas. Para isso foi necessário preparar a tropa de forma eficaz no combate a esse tipo de crime.

Além de atuar no policiamento ostensivo, o policiamento com motocicletas também executa Controle de Distúrbios Civis, policiamento externo de eventos artísticos, desportivos e culturais, escoltas de protagonistas dos eventos, autoridades em geral e de torcidas de futebol.

Para trabalhar na Companhia de Raio, o policial precisa se submeter a uma série de treinamentos que envolvem desde o conhecimento do funcionamento do motor da motocicleta, pilotagem operacional, mecanismos de prevenção de riscos de acidentes, técnicas para uso da arma de fogo em deslocamento, até manobras de maneabilidades de complexa execução. Com o tempo e a prática, os policiais vão adquirindo confiança para executar esse policiamento com maestria, visando a própria segurança e garantindo a segurança da sociedade.