O Colégio de Procuradores de Justiça do Ministério Público de Alagoas (MP/AL) prestou, nesta quinta-feira (11), uma homenagem à ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Marluce Caldas Bezerra, durante a 9ª Reunião Extraordinária de 2025. A magistrada assumiu recentemente a vaga deixada pela ministra Laurita Vaz e encerrou, em fevereiro deste ano, quase quatro décadas de atuação no MP alagoano, onde ingressou em 1986.

O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), desembargador Fábio Bittencourt, destacou o significado da conquista para o Estado e para o país.

“Para Alagoas, para a magistratura e para o Ministério Público, é um momento importantíssimo. Eu tive a honra de trabalhar com a dra. Marluce Caldas Bezerra na Vara da Infância e Juventude. Ela é uma pessoa muito sensível, que utiliza o direito com humanidade e certamente vai iluminar a magistratura nacional. Assim como o ministro Humberto Martins, também oriundo do Judiciário alagoano, ela representa a força do nosso estado.”

O procurador-geral de Justiça de Alagoas, Lean Araújo, também ressaltou o peso da nomeação.

“É um momento que simboliza a trajetória dela no MP/AL e a conquista de uma mulher alagoana em ocupar uma cadeira no STJ. Isso representa uma vitória para nosso Ministério Público, pequeno em estrutura, mas grande em ação, e também para a sociedade alagoana, que passa a ter dois representantes no cenário nacional. A dra. Marluce é prova da competência dos alagoanos em diferentes áreas.”

Visivelmente emocionada, a ministra agradeceu a homenagem e refletiu sobre o caminho que a levou ao STJ.

“É uma emoção indescritível estar novamente no MP de Alagoas, instituição à qual dediquei quase quatro décadas em defesa da sociedade. A minha chegada ao STJ representa também o fortalecimento da presença feminina nas altas cortes. Sou a nona mulher a compor a história do tribunal, a primeira vinda do Ministério Público estadual, a única na 5ª Câmara Criminal e a única mulher na 3ª Seção. Essa responsabilidade me enche de orgulho e simboliza a força das mulheres e do povo nordestino.”

Ao relembrar sua carreira, Maria Marluce ressaltou o compromisso com a defesa de crianças, adolescentes, idosos e a construção de políticas públicas de impacto social.

“Sempre trabalhei na execução, com paixão em defender os vulneráveis, lutar pela vida, pela redução da mortalidade no trânsito, pelo fortalecimento dos conselhos tutelares e pela ampliação de creches. Essa função macro do MP foi o que sempre me moveu, especialmente em nosso Nordeste.”