A Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP-AL) informou, nesta segunda-feira (15), que os destroços da aeronave que caiu em Coruripe serão transferidos para o Aeroporto de Arapiraca. O material ficará retido até que a Justiça Federal autorize sua destruição.

Segundo o Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa II), imagens enviadas pela SSP já permitem a análise preliminar das circunstâncias do acidente. A investigação oficial ficará a cargo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Força Aérea Brasileira (FAB).

O monomotor caiu na tarde de domingo (14) em um canavial próximo ao centro de Coruripe, no Litoral Sul de Alagoas. O piloto, identificado como Timothy J. Clark, de nacionalidade estrangeira e portando documento australiano, era o único a bordo e morreu na queda. A aeronave transportava 180 quilos de cocaína em tabletes.

O Corpo de Bombeiros foi acionado devido ao risco de explosão. Imagens do Departamento Estadual de Aviação mostram que a queda ocorreu às margens de uma estrada que corta o canavial, próximo ao Estádio Gerson Amaral. Há indícios de que o piloto tenha tentado pousar em uma via interna, mas ainda não se sabe se a manobra foi emergencial ou planejada.

De acordo com a SSP, a aeronave, de prefixo ZU-IXM, é particular e já havia sido registrada em 2023 em Igarassu, Pernambuco. No interior foram encontrados tanques extras de combustível, o que sugere um voo de longa distância com menos paradas para abastecimento.

Militares da Força Tática 1 e da Rocan recolheram a droga, que foi levada sob escolta para o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) de Coruripe. O Bope também foi acionado para garantir a segurança da área até a conclusão da retirada do material.

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Dnarc), abriu investigação para identificar a origem da droga e seu destino. Já a apuração sobre a queda ficará sob responsabilidade da FAB, em conjunto com a Polícia Científica e o Instituto Médico Legal (IML), que realizaram os primeiros levantamentos no local.