Uma programação diversificada marcou, na cidade de Santana de Ipanema, a celebração dos 15 anos do Campus do Sertão da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), escrevendo mais um capítulo da história de transformação de vidas pelo acesso à educação superior pública e gratuita no interior do estado. Um projeto implantado com determinação, competência e muito trabalho, sob a liderança da então reitora Ana Dayse Dorea para a inclusão social que vem beneficiando há mais de uma década, principalmente, toda a região sertaneja.

Ana Dayse Dorea e Eurico Lôbo, a gestão que expandiu a Ufal para o Agreste e Sertão, levando a Universidade para quem nela não podia chegar. “O Sertão vai virar mar. Um mar de conhecimento. O meu objetivo é trabalhar para que a Universidade Federal de Alagoas seja ampliada, que traga mais gente para dentro. Gente que precisa dela. Trabalho hoje para que daqui a 10 ou 15 anos possamos contar uma história sobre a educação superior, também no nível médio”, já afirmava a visionária reitora. A expansão da Ufal no projeto de Interiorização, não só vem contando uma história exitosa na área de educação da região sertaneja, mas cada vez mais se consolida como o maior vetor de desenvolvimento do estado de Alagoas.

Ana Dayse Dorea foi palestrante no seminário comemorativo, que teve como local a Unidade Educacional de Santana de Ipanema, em funcionamento desde agosto de 2010. Na oportunidade, a reitora honorária fez uma breve retrospectiva sobre a luta para expandir a Ufal para o interior de Alagoas, dos entraves e dos obstáculos enfrentados. Enalteceu apoios recebidos, parcerias locais e nacionais determinantes e a todos que se juntaram à Universidade para que o projeto fosse concretizado.

Nos cumprimentos, fez agradecimentos: “ Além da parceria da prefeita Renilde Bulhões eu preciso cumprimentar uma pessoa ilustríssima dessa cidade, o professor José Pinto: “Quando nós viemos para cá, foi o professor José Pinto, à época diretor do Colégio Cenecista, quem cedeu o espaço, com todo carinho para que a Ufal começasse a funcionar nessa cidade".

Durante a palestra com foco na implantação em Santana do Ipanema, Ana Dayse fez um breve histórico sobre a interiorização, pontuou etapas e resultados, a exemplo do Programa de Expansão da Educação Superior Pública (2004) e o Plano de Expansão e Reestruturação da Educação Superior das Universidades Federais da Sesu/MEC (Reuni), de 2007. “A presença da Ufal no interior facilitou e ampliou o acesso à educação superior pública para setores menos favorecidos e rurais para o estado de Alagoas e vizinhos". Além de outros agradecimentos pelo apoio recebido, Ana Dayse enalteceu os estudantes : “Um abraço apertado com muito afeto e com muito carinho aos estudantes do Campus do Sertão, motivo disso aqui existir, da Universidade crescer e de brigar para que cada vez mais se qualifique”.

Homenagem

O reconhecimento à liderança de Ana Dayse, que dirigiu a Ufal durante duas gestões consecutivas, de 2003 a 2011, para tornar a Universidade cada vez mais dos alagoanos, foi destacado pelo diretor do Campus do Sertão, Thiago Trindade. “Esse troféu que entrego agora é uma forma de agradecer por toda a coragem e determinação de ter enfrentado tanta gente e de ter tornado o sonho do sertanejo e de tantas outras pessoas no Brasil, de poder ingressar numa universidade pública, federal, gratuita e de qualidade. Graças a sua determinação e coragem, acima de tudo", destacou o professor.

E Thiago Trindade aproveitou para relembrar alguns episódios ocorridos no período: “Alguns protestos em Delmiro Gouveia e a senhora de cabeça erguida enfrentou o debate e com firmeza, o diálogo. Por sua coragem, a gente agradece a sua presença hoje nesse momento de tão importante celebração".

A coordenadora da Unidade Educacional de Santana, Andrea Cristhina Feitosa Brandão, que é servidora técnica-administrativa, reforçou: “Nós, sertanejos e sertanejas, somos gratos e gratas por sua visão de futuro, coragem e ousadia. A senhora já fez muito, mas pode fazer ainda mais. Precisamos de sua voz e de sua força. Aos 15 anos, ainda somos adolescentes e dependentes de “mãe”.