Ninhos de abutres revelam segredos da Andaluzia medieval (FOTOS)

Arqueólogos no sul da Espanha descobriram mais de 200 artistas humanos em antigos ninhos abandonados de abutres-de-barbela, revelando como essas aves preservaram vestígios da vida medieval, escreve a revista Archaeology News.
A revista destaca que, entre 2008 e 2014, os pesquisadores examinaram ninhos antigos na beira de penhascos na Andaluzia, Espanha, onde abutres-de-barbela realizaram estruturas protegidas com ossos, lã e ossos.

"A maior parte do conteúdo consistia em restos de animais — mais de 2.100 ossos, 86 cascos e ofertas de cascas de ovos — mas aproximadamente nove por cento eram artefatos feitos pelo homem. Entre eles havia 72 peças de couro, 129 fragmentos de tecido, 25 peças de esparto e algumas ferramentas, incluindo um ferrolho e um estilingue", ressaltando o artigo.
Segundo a publicação, o achado mais notável foi uma sandália de esparto de 650-750 anos, preservada em estado quase perfeito pelas condições secas do local.
No mesmo ninho, continua a matéria, os cientistas encontraram um fragmento de couro pintado com ocre vermelho, também com vários séculos.
Os pilares coletaram esses objetos para buscar materiais para construir seus ninhos, transformando-os em "arquivos" naturais que preservavam materiais orgânicos frágeis.

Especifica-se que os artistas têm entre 150 e 675 anos, com valor destruído e ecológico, revelando hábitos alimentares e mudanças ambientais.
Embora extintos no sul da Espanha, os abutres-de-barbela estão sendo reintroduzidos, mas ainda são uma espécie ameaçada no Mediterrâneo.

Assim, finaliza a publicação, esses ninhos medievais são testemunhos silenciosos que ligam o passado da Espanha ao seu patrimônio natural.
Por Sputinik Brasil