O técnico Juan Pablo Vojvoda não se esquivou das críticas após o empate por 1 a 1 com o Internacional, no Beira-Rio. Visivelmente incomodado com a atuação do Santos no primeiro tempo, ele assumiu a responsabilidade pelo desempenho abaixo do esperado e destacou que as mudanças na escalação — algumas motivadas por questões físicas — impactaram diretamente o ritmo da equipe.

"O primeiro tempo foi ruim, o responsável sou eu. Sou o máximo responsável porque tomo as decisões", afirmou Vojvoda.

O treinador explicou que o desgaste acumulado obrigou alterações e interferiu na fluidez do time. A ausência de Neymar, preservado por dores no joelho, também influenciou a formação do ataque.

"Ele havia sentido desconforto antes do jogo contra o Mirassol e, durante a partida, também. No dia seguinte, o incômodo aumentou. Sabemos que temos jogos a cada três dias, com viagens, e é um jogador que precisamos nas últimas três rodadas. Conversei com ele, e ele sentia que não podia responder a uma exigência como a de hoje. O compromisso dele é estar contra o Sport", explicou o técnico.

Vojvoda ressaltou que as dificuldades da etapa inicial serviram de aprendizado, mas valorizou a mudança de postura no segundo tempo, quando o Santos reagiu e buscou o empate com Barreal.

"No segundo tempo, arrumamos o time. Isso é futebol. O mental joga muito. Há jogadores que podem dar mais e vão dar. Conseguimos um ponto e valorizamos esse ponto", destacou Vojvoda, reforçando que o grupo segue unido e consciente da urgência do momento.

O treinador também revelou frustração com o início da partida. "Eu esperava outra coisa, principalmente no primeiro tempo. Esperava ter posse de bola, ganhar mais duelos, e isso não existiu", comentou. Para ele, a reação após o intervalo deve servir de combustível na reta final do campeonato. "O futebol dá uma nova oportunidade e temos que responder."