Na máxima popular do futebol, diz-se que um grande time começa por um grande goleiro. No caso do Flamengo, campeão da Libertadores de 2025 neste sábado, esse papel coube a Agustín Rossi. Após superar um início de dificuldades, o argentino conquistou a confiança da torcida e se transformou em peça-chave para o retorno do Rubro-Negro ao topo da América.

Revelado pelo modesto Chacarita Juniors, Rossi passou por Estudiantes e Defensa y Justicia até chegar ao Boca Juniors. No tradicional clube argentino, ganhou sequência como titular, tornou-se destaque na Bombonera e conquistou três campeonatos locais, uma Copa Argentina e duas Copas da Liga Profissional.

Após um período de ascensão, o goleiro viu seu rendimento cair e foi emprestado a equipes como Antofagasta, do Chile, Lanús, da Argentina, e Al-Nassr, da Arábia Saudita, sem conseguir se firmar. Nos seis meses finais de contrato com o Boca Juniors, assinou pré-contrato com o Flamengo e desembarcou na Gávea em 2023.

Nos primeiros meses, Rossi disputou a titularidade com outros goleiros, mas se firmou como dono da meta flamenguista no início de 2024. A calma, talvez, seja sua maior virtude desde que chegou ao clube carioca.

"Eu sempre fui assim, sempre me mostrei em campo como uma pessoa fria, uma pessoa que, talvez, por dentro, tenha muitas coisas na cabeça, mas no campo mostro a maior serenidade possível. É o principal, eu acho, para a posição de goleiro. Sou o único jogador que não pode errar. Então, se mantenho minha calma, também transmito calma ao time. E se eu errar, vou continuar do mesmo jeito. O time confia em mim, estou ali para cuidar dele", afirmou o goleiro em entrevista à TNT Sports.

Desde que assumiu a titularidade, o Flamengo voltou a erguer taças. Com a camisa rubro-negra, Rossi conquistou dois Campeonatos Cariocas (2024 e 2025), uma Copa do Brasil (2024) e uma Supercopa do Brasil (2025).

Em 2025, o argentino tornou-se herói na campanha do quarto título continental. Nas quartas de final, contra o Estudiantes, falhou no jogo de volta, mas se redimiu ao ser decisivo na disputa de pênaltis que classificou o time às semifinais. Contra o Racing, na semifinal, fez defesas fundamentais nos dois jogos que garantiram o Flamengo na decisão.

"Muito trabalho. Meu papel é ajudar o time quando a bola chega perto de mim. Vão dizer que sou o cara da Libertadores do Flamengo, mas não sou só eu. Obviamente, é todo o time. Estou muito feliz porque isso gera confiança para todos", destacou Rossi em entrevista à TNT.

Aos 30 anos, Agustín Rossi foi um dos grandes responsáveis pelo tetracampeonato do Flamengo na Libertadores. Com regularidade e segurança, o argentino caminha, de forma incontestável, para se tornar ídolo da torcida rubro-negra.