Estreante na Fórmula 1, o piloto italiano Andrea Kimi Antonelli, da Mercedes, foi alvo de ameaças de morte e de inúmeros insultos nas redes sociais pela ultrapassagem que sofreu de Lando Norris, da McLaren, na penúltima volta do Grande Prêmio do Catar.

O jovem foi acusado de ter errado propositalmente na prova para auxiliar o britânico na briga pelo título do Mundial de 2025 contra o companheiro de equipe, Oscar Piastri, e Max Verstappen, da Red Bull.

A polêmica ultrapassagem foi criticada pela própria Red Bull, primeiro através do rádio da equipe, com o engenheiro Gianpiero Lambiase, e depois com os comentários de Helmut Marko, que chamou a manobra de "óbvia demais".

Após a corrida, Antonelli disse a Verstappen que "perdeu a traseira" do seu monoposto e que sua ação não foi proposital.

Contudo, os esclarecimentos não acalmaram os ânimos dos fãs do holandês, que promoveram ataques nas redes sociais.

A pressão foi tão intensa que forçou o bolonhês de 19 anos a remover sua foto de perfil, um gesto simbólico para denunciar a onda de ódio que sofreu. O episódio acabou forçando a escuderia austríaca a se desculpar com o mercedista em um comunicado oficial.

"Os comentários feitos antes do final e imediatamente após o GP do Catar, sugerindo que Antonelli permitiu deliberadamente que Norris o ultrapassasse, estão claramente incorretos. As imagens da repetição mostram Antonelli perdendo momentaneamente o controle do carro, o que permitiu que Norris o ultrapassasse. Lamentamos sinceramente que isso tenha levado Kimi a receber ofensas online", escreveu a Red Bull.

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) apoiou o italiano ao condenar os insultos direcionados ao piloto e pedir "respeito e compaixão" com os envolvidos na F1.

A manobra permitiu que Norris conquistasse valiosos dois pontos no campeonato. A disputa segue aberta, mas um pódio em Abu Dhabi será suficiente para que Norris ganhe o título.