Em nota, PM afirma que jovem Lincoln atirou contra guarnição, mas que irá apurar a atuação policial

A Polícia Militar de Alagoas informa emitiu uma nota, na manhã deste domingo, 04, a respeito da morte do jovem Lincoln Gabriel Pereira da Silva, de 16 anos, ocorrida na noite deste sábado e que gerou muita controvérsia entre a população de Palmeira dos Índios.
Veja a nota:
“Conforme relatos da guarnição, uma equipe do 10° Batalhão realizava patrulhamento de rotina na cidade de Palmeira dos Índios, quando visualizou um indivíduo em uma motocicleta que avançou um sinal vermelho enquanto realizava manobras perigosas de empinar o veículo, na avenida Bráulio Monte Negro, bairro Vila Maria.
De imediato, foi iniciado um acompanhamento, tendo sido dada ordem de parada por três vezes, sem que o condutor atendesse. Durante o trajeto, em alta velocidade, o acusado colocava em risco sua vida, dos policiais e de outras pessoas na via.
Nas proximidades do Bar do Guega, quando a guarnição conseguiu emparelhar mais uma vez com a motocicleta, o condutor sacou um revólver e desferiu um disparo em direção aos policiais, que revidaram, também com um disparo.
O acusado foi atingido, vindo a perder o controle da motocicleta e cair. A arma utilizada por ele - um revólver calibre 38, com cinco munições intactas e uma deflagrada - foi recolhida e encaminhada ao Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) do município.
Posteriormente, constatou-se que o envolvido se tratava de um adolescente de 16 anos. Ele foi socorrido pela guarnição com vida e encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento da cidade, onde durante o atendimento veio à óbito.
No entanto, segundo relatos de familiares e moradores, o jovem, que havia retornado para casa para tomar banho antes de voltar ao trabalho, foi alvejado por policiais durante a ação.
A tia de Lincoln, em mensagens de voz compartilhadas em grupos de WhatsApp, afirmou que o sobrinho não estava armado e que a polícia atirou nele sem justificativa. Outros moradores também expressaram indignação, alegando que o adolescente era trabalhador, não consumia bebidas alcoólicas ou drogas e havia recentemente iniciado seu próprio negócio de massas.
“De acordo com o trâmite processual, serão adotadas as medidas investigativas cabíveis, a fim de apurar a atuação policial”, afirma a nota da Polícia Militar, após a revolta da população.