Israel não considera o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, como alvo direto de seus ataques e não tem como objetivo promover uma mudança de regime no país, afirmou o presidente israelense Isaac Herzog nesta quinta-feira (19).

A declaração ocorre após o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, defender publicamente a eliminação do líder supremo iraniano, quando declarou à mídia local que Khamenei "não pode continuar existindo".

Antes disso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ao ser questionado se Israel planejava atacar Khamenei, respondeu que as autoridades israelenses estavam "fazendo o que é necessário".

"Khamenei não é nosso alvo, e não temos como objetivo a mudança de regime. Mas é claro que isso seria um efeito colateral com consequências históricas significativas, que beneficiariam o povo do Irã", disse Herzog em entrevista.

O presidente israelense destacou ainda que Israel não descarta uma solução diplomática para o conflito com o Irã. Ao comentar a possibilidade de os Estados Unidos não entrarem diretamente no confronto, Herzog afirmou que "Israel sabe o que fazer".

Na última quarta (18), ao ser questionado sobre um eventual assassinato do líder iraniano, o presidente Vladimir Putin declarou que "sequer discutiria essa possibilidade".

Já o o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, afirmou que a reação da Rússia seria extremamente negativa nessa situação. "Condenaremos isso veementemente", acrescentou.

Além disso, Peskov lembrou que o Kremlin está ciente das informações da inteligência norte-americana de que os EUA não possuem provas de que o Irã tenha tido armas nucleares no passado.

Por Sputinik Brasil