POLÍTICA

Bolsonaro declara paixão por Trump, apesar de americano negar amizade; aliados negam fuga para os EUA

Publicado em 15/07/2025 às 18:39
© Lula Marques/Agência Brasil

Na mira da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado de armar trama golpista do 8 de janeiro, declarou em entrevista ao Poder360 que é apaixonado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

"Tenho profunda gratidão por ele. Tivemos um excelente relacionamento. Fizemos planos. Parece que estávamos até namorando. Fizemos muitos planos para o Brasil na questão dos minérios", afirmou o ex-presidente ao portal brasileiro.

Inelegível até 2023, o ex-presidente já foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ataques e mentiras sobre o sistema de votação e é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a acusação de ter liderado a trama golpista.

À Sputnik Brasil, aliados do ex-presidente dizem que, apesar de estar na guilhotina com o Judiciário brasileiro, "ele [Bolsonaro] não deve fugir do Brasil". Segundo essa mesma fonte, porta-voz do partido de Jair Bolsonaro, "não há necessidade para isso [possível fuga de Bolsonaro]".

Outra fonte, procurada pela reportagem, sugeriu que a amizade de Trump e Bolsonaro é "verdadeira e muito forte". Outrora, mesmo enviando uma carta para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pressionando a nação e inquirindo uma ingerência na política/justiça brasileira, o magnata norte-americano negou laços de amizade com Bolsonaro.

Trump nega amizade

O presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a se posicionar em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Questionado por jornalistas na Casa Branca nesta terça-feira (15), Trump afirmou que, apesar de não ser amigo pessoal, conhece Bolsonaro e o considera um líder que atuou com firmeza em prol do seu país.

"Não é como se ele fosse meu amigo. Ele é alguém que eu conheço. Sei que ele representa milhões de brasileiros, são ótimas pessoas. Ele ama o país e lutou muito por essas pessoas. E eles querem prendê-lo. Acho que isso é uma caça às bruxas e acho muito lamentável."

A declaração veio após a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação de Bolsonaro por três crimes: tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e participação em organização criminosa.

Em junho, especificamente no dia 10, Bolsonaro negou envolvimento na trama que, de acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), tem ele como protagonista em ações contra o Estado Democrático de Direito ao tentar impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022, com o apoio de militares.


Por Sputinik Brasil