Obra polêmica tem continuidade: Contrato de R$106 milhões assinado por Júlio Cezar deixa a cidade no caos e revolta a população
Enquanto buracos tomam as ruas e moradores cobram respostas, cidade segue refém de contrato firmado por ex-prefeito e blindado por decisão judicial

O imbróglio envolvendo a concessionária Águas do Sertão e a Prefeitura de Palmeira dos Índios tem suas raízes em um contrato de concessão firmado durante a gestão do ex-prefeito Júlio Cezar. O acordo, que delegou ao Estado de Alagoas a responsabilidade pelos serviços de saneamento, resultou na contratação da Águas do Sertão, com um valor de R$ 106 milhões pagos ao município.
No entanto, até hoje, paira uma sombra de mistério sobre o destino desses recursos. A aplicação dos R$ 106 milhões não foi devidamente esclarecida, e a atual prefeita, Luísa Duarte, que sucedeu Júlio Cezar, também não trouxe transparência sobre o uso desse montante, contrariando os princípios da gestão pública.
Enquanto isso, as obras da Águas do Sertão continuam a causar transtornos nas ruas de Palmeira dos Índios, sem uma recomposição adequada da pavimentação, gerando indignação na população. E, como o contrato foi firmado entre a concessionária e o Estado, apenas o Estado ou a Agência Reguladora, no caso, a ARSAL podem intervir na suspensão das obras, deixando o município sem poder de decisão.
A população de Palmeira dos Índios clama por transparência e explicações sobre o destino dos recursos e por soluções que minimizem os impactos das obras na cidade.