UE anuncia 18º pacote de sanções contra Rússia
Reino Unido se uniu ao bloco nas restrições ao petróleo

A União Europeia anunciou nesta sexta-feira (18) o 18º pacote de sanções contra a Rússia, que prossegue com a guerra na Ucrânia.
O acordo inclui um teto ao preço do petróleo bruto russo, com um valor 15% abaixo do praticado no mercado, medida que também conta com a participação do Reino Unido.
As sanções incluem também a proibição total de acesso de bancos russos ao sistema de troca de informações Swift, com o acréscimo de 22 instituições do país à "lista negra".
Também ficará vetada a importação de produtos petrolíferos refinados derivados do petróleo bruto russo e fabricados em qualquer país terceiro, com exceção de Noruega, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Suíça.
"Estamos atacando o coração da máquina de guerra russa, visando os setores bancário, energético e militar-industrial, e incluindo um novo teto dinâmico para o preço do petróleo.
A pressão continua. E continuará assim até que [Vladimir] Putin ponha fim a esta guerra", escreveu no X a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Mensagem semelhante foi anunciada também pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, que disse que o apoio da UE a "uma paz justa e duradoura na Ucrânia é inabalável".
O governo britânico de Keir Starmer se uniu ao bloco europeu na decisão de baixar o teto do valor do petróleo bruto de forma a atingir Moscou. Segundo nota oficial, o "objetivo é parar a máquina de guerra russa e atingi-la no peito". O anúncio de Londres chega após o Reino Unido impor novas sanções contra os serviços de inteligência russos, que atingiram três unidades e 18 oficiais.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu aos líderes europeus pelas novas sanções, definindo o 18º pacote como "uma decisão essencial e oportuna, especialmente agora que a Rússia intensificou a brutalidade dos seus ataques contra as nossas cidades e vilarejos".
Moscou também se manifestou sobre as mais recentes penalidades contra si, chamando-as de "ilegais". "Já dissemos várias vezes que consideramos tais restrições unilaterais ilegais e nos opomos a elas", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.