GUERRA

Trump diz que Rússia aceitaria garantias de segurança do Ocidente

Publicado em 18/08/2025 às 19:22

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse, nesta segunda-feira (18), durante uma coletiva que antecedeu a reunião com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e outros sete líderes europeus, que a Rússia aceitaria a imposição de garantias de segurança do Ocidente ao país, um ponto central nas discussões sobre um acordo para encerrar a guerra na Ucrânia, que já dura três anos e meio.

Os europeus demonstraram ceticismo e insistiram na busca por um cessar-fogo imediato no conflito, uma condição que parece ter saído da lista de prioridades do líder americano.

A garantia de segurança é uma referência ao artigo 5 da Otan, que determina a proteção coletiva e diz que se um país da aliança for atacado, todos devem agir em sua defesa. A exigência europeia é uma maneira indireta de dizer que, mesmo que a Ucrânia não seja membro da Otan, ela deve ser tratada como tal.

Na última sexta-feira (15), durante a reunião de Trump e Putin no Alasca, os dois líderes conversaram sobre propostas de garantir aos ucranianos algum tipo de proteção contra futuras invasões, que não envolvam a adesão do país à Otan, principal aliança militar do Ocidente, liderada pelos EUA, uma linha vermelha para o governo russo.  

Putin pareceu concordar em princípio, mas, nesta segunda-feira, o Kremlin rejeitou um dos pilares do plano: a presença de uma força de paz estrangeira em solo ucraniano. O governo russo ainda não comentou a fala de Trump diante das lideranças europeias.

Antes de se sentar à mesa com os europeus, Trump conversou a sós com Zelensky no Salão Oval e não descartou a eventual participação dos EUA em uma força de paz. No começo do ano, quando a ideia começou a circular dentro de governos europeus, o americano disse que não cederia tropas para a iniciativa, relegando a tarefa aos governos da Europa.

Para o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, a mudança de posição de Trump "é um grande passo, é realmente um avanço e faz toda a diferença" no diálogo para o fim da guerra.

A reunião do presidente americano com Zelensky e os líderes europeus começou às quatro da tarde desta segunda-feira, sem previsão de horário de encerramento.

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