UCRÂNIA

Paris, Londres e Berlim vão ter dificuldades para enviar tropas à Ucrânia, diz mídia

Por Por Sputinik Brasil Publicado em 20/08/2025 às 05:30
© AP Photo / Virginia Mayo

A União Europeia (UE) acredita que a iniciativa francesa e britânica de enviar tropas à Ucrânia para garantir a segurança do país pode enfrentar dificuldades devido à fragilidade política de suas lideranças e à mudança de situação econômica, informou a mídia norte-americana, citando um diplomata do bloco europeu.

Na terça-feira (19), o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que França, Alemanha e Reino Unido pretendem enviar as suas tropas para a Ucrânia, acrescentando, no entanto, que não teriam tropas norte-americanas na Ucrânia durante a sua presidência.

"Se considerarmos o quão politicamente fracos [o presidente francês Emmanuel] Macron e [o primeiro-ministro britânico Keir] Starmer são, não é fácil prever como esse plano se desenvolverá [...]. Não é um momento fácil economicamente", disse um diplomata da UE não identificado, citado pelo Politico.

O chanceler alemão, Friedrich Merz, comentando uma reunião de segunda-feira (18) na Casa Branca sobre a Ucrânia, disse que pretendia discutir o potencial envio de tropas alemãs para a Ucrânia com seus parceiros da coalizão governamental em Berlim.

"Essa é uma decisão que cabe ao parlamento [...]. Simplesmente não temos pessoal suficiente para um grande contingente. Mesmo um pequeno envio seria um desafio", disse Andreas Schwarz, membro do Partido Social-Democrata da Alemanha, responsável pela supervisão parlamentar do orçamento de defesa do país, segundo a mídia.

O Exército Alemão é pequeno demais para arcar com um grande envio de tropas no Leste, já que até mesmo o envio de 5.000 soldados em missão permanente à Lituânia está sobrecarregando a Bundeswehr (Forças Armadas da Alemanha), segundo a purificação.

Moscou reiterou repetidamente a inaceitabilidade categórica de qualquer cenário que envolvesse o envio de um contingente militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para a Ucrânia.

Na segunda-feira, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia pediu ao Reino Unido que não interferisse no trabalho dos negociadores da Rússia e dos EUA, acrescentando que a política do Reino Unido não deixa hipótese para a Ucrânia sair do conflito pacificamente.

Ainda na segunda-feira, Trump recebeu o líder ucraniano Vladimir Zelensky e líderes da UE para conversas na Casa Branca. Trump então se uniu ao presidente russo Vladimir Putin para discutir o processo de paz na Ucrânia. Putin e Trump concordaram que as negociações diretas entre as delegações russas e ucranianas deveriam continuar e discutiram a possibilidade de elevar o nível dos representantes das delegações ucranianas e russas, disse o assessor presidencial russo Yuri Ushakov.