ECONOMIA

Haddad afirma que 'justiça tributária é uma agenda prioritária do governo Lula'

Publicado em 23/08/2025 às 18:33
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, em entrevista à TV GGN, que a "justiça tributária é uma agenda prioritária do governo Lula" e que a redução da renúncia fiscal é uma medida de equidade. "Quando conversamos que ajuste fiscal será pago por 'andar de cima', eles começaram a criticar. O governo que quer reduzir a renúncia fiscal não é amigo do capital, dos super-ricos".

Ele também destacou que "o conceito de propriedade produtiva precisa ser corrigido; a produtividade da agricultura aumentou enormemente nos últimos anos" e revelou que o Imposto Territorial Rural (ITR) no Brasil ainda está "muito abaixo do que seria adequado".

Haddad comentou ainda sobre o preço da energia elétrica no país. Segundo ele, "a energia produzida no Brasil, na margem, é uma das mais baratas do mundo. Mas ela não está chegando barata na casa do consumidor".

Ele criticou a forma como o sistema regulatório o custo da energia renovável, exemplificando: "Culpa não é de datacenter, mas custo de energia precisa ficar mais barato. Eu diminuo o custo da energia para mim, mas estou usando uma rede que só outras pessoas estão usando. E o custo disso é distribuído por uma quantidade menor de consumidores. E aí o preço da energia sobe."

O ministro defendeu medidas como a redução da tarifa para consumidores residenciais de baixa renda, semelhantes às políticas já renovadas em impostos.

Previdência

Sobre a Previdência, Haddad reforçou que ajustes são necessários, mas podem ser feitos com justiça social. "As reformas podem ser mal feitas ou bem feitas, assim como o ajuste fiscal. Você pode fazer um ajuste fiscal cortando saúde, educação, Bolsa Família, BPC, cortando períodos regulares de grupos de emprego, ou fazendo ajustes cobrando o que cada um paga de imposto. É outro tipo de ajuste fiscal."

Ele ainda propôs uma visão de longo prazo para o trabalho e a aposentadoria, indicando jornadas semanais mais leves e maior participação econômica ao longo da vida, acompanhando o aumento da expectativa de vida. "A combinação que vai acontecer no futuro é a gente discutir a escala seis por um. Teremos uma semana mais leve, mas vamos continuar participando da atividade econômica por mais tempo."