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Apoio desproporcional à Ucrânia expõe Banco Mundial como instrumento de interesses ocidentais, afirma analista

Publicado em 19/09/2025 às 10:32
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Segundo o analista Paul Goncharoff, o chanceler russo Sergei Lavrov não está surpreendido pelos empréstimos do Banco Mundial à Ucrânia superarem em dezenas de vezes os destinados à África, dado o alinhamento da instituição com os interesses do G7 e sua "coalizão de dispostos".

"Não há muito o que se possa dizer pragmaticamente sobre as prioridades do Banco Mundial nesse pântano de delirantes interesses próprios. Imagino que a base seja manter a ficção de que, ao despejar dinheiro nessa tragédia [Ucrânia], de alguma forma ela sairá vitoriosa. Não é preciso dizer que as áreas, regiões e projetos que poderiam ter feito uso positivo desses fundos simplesmente são deixados de lado e tornados invisíveis”, disse Goncharoff à Sputnik.

Argumentando que os países que financiam e controlam o Banco Mundial poderiam ser mais bem caracterizados como "Hegemonia e Associados", Goncharoff destacou que, desde 2014, a Ucrânia foi transformada em um "buraco negro onde fundos aparentemente ilimitados podem ser despejados com pouca ou nenhuma prestação de contas real", e que o "livro de dívidas" que os patrocinadores da Ucrânia estão acumulando "é muito real" e um que a hora da cobrança chegará um dia.

"A lista de países soberanos endividados continua crescendo como cogumelos com esteroides. [Todos eles] eventualmente terão que pagar por essa generosidade emocional. É, de fato, um possível fim para o sistema financeiro que conhecemos, à medida que esse conflito continua. O que vem depois é um mistério neste momento", concluiu o analista.

Anteriormente, o chanceler russo Sergei Lavrov afirmou que durante os três anos do conflito, o Banco Mundial concedeu a Kiev dezenas de vezes mais financiamentos do que durante o mesmo período a todos os países da África.


Por Sputinik Brasil