O navio Istanbul Bridge partirá no dia 24 de setembro rumo ao Reino Unido pela nova rota marítima do Ártico, marcando o lançamento da primeira linha expressa de contêineres China-Europa via oceano Ártico. A viagem reduz o tempo de trânsito em 22 dias e corta emissões de carbono pela metade.

De acordo com o Global Times (GT), o Porto de Ningbo Zhoushan, na província de Zhejiang, leste da China, concluiu nesta segunda-feira (22) o carregamento final do navio porta-contêineres Istanbul Bridge, que partirá no dia 24 de setembro com destino a Felixstowe, no Reino Unido. A embarcação seguirá pela Rota do Mar do Norte, inaugurando oficialmente a primeira rota expressa de contêineres China-Europa via Ártico.

Operada pela empresa chinesa Sea Legend, a nova rota representa uma inovação logística significativa. Além de encurtar o tempo de transporte em 22 dias em relação às rotas tradicionais, ela promete reduzir em cerca de 50% as emissões de carbono. Segundo comunicado do Porto de Ningbo Zhoushan, a iniciativa fortalece a capacidade chinesa de enfrentar os desafios do comércio global e explorar novas alternativas de conexão internacional.

O chamado Expresso Ártico China-Europa utilizará a Rota do Mar do Norte para chegar diretamente à Europa em apenas 18 dias, com chegada prevista para 10 de outubro, estabelecendo um novo marco no transporte marítimo entre os continentes.

Esse recorde supera o desempenho da rota anterior (Expresso China-Europa), que ligava Ningbo Zhoushan a Wilhelmshaven, na Alemanha, em 26 dias. Lançada no final de 2024, essa rota já havia sido considerada um avanço logístico, agora superado pela eficiência da nova linha ártica.

Com todos os horários disponíveis para a viagem inaugural reservados, a carga inclui produtos de comércio eletrônico com prazos críticos, baterias de segurança e unidades de armazenamento de energia de alto valor. Ainda de acordo com a mídia chinesa, o planejamento logístico visa garantir atracação direta e retirada rápida dos contêineres, alinhando-se ao pico da temporada de Natal na Europa.

Segundo o GT, com essa nova rota, a China reforça sua posição estratégica no comércio global, ampliando sua rede de transporte marítimo e oferecendo soluções mais rápidas e sustentáveis na intenção de redefinir os fluxos comerciais entre Ásia e Europa nos próximos anos.