Argentina pode se juntar aos EUA no 'combate ao narcotráfico' na região próxima à costa da Venezuela

O governo da Argentina avalia a possibilidade de participar, ao lado dos Estados Unidos, de uma operação militar contra o narcotráfico no mar do Caribe, nas proximidades da Venezuela, informou nesta quarta-feira (1º) o canal TN.
"O governo argentino está analisando a possibilidade de se juntar aos esforços dos EUA no combate ao narcotráfico na região do Caribe. A iniciativa está relacionada ao deslocamento de forças navais norte-americanas voltadas para interceptar embarcações que partem da Venezuela. O país busca fortalecer seus laços militares com a administração de Donald Trump", relatou o canal.
De acordo com a emissora, autoridades argentinas mantiveram contato com o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, para propor uma cooperação nessa operação, embora "nenhum avanço concreto tenha sido alcançado até o momento".
"No gabinete presidencial afirmam que ainda não foram tomadas decisões além das etapas iniciais das negociações, mas que há intenção de participar da operação em um horizonte de médio prazo", acrescentou o veículo.
Em agosto, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que Trump está disposto a usar "todos os instrumentos do poder norte-americano" para combater o narcotráfico, não descartando uma operação militar na Venezuela.
A declaração foi feita após o envio, pelos EUA, de navios de guerra para as proximidades do país, incluindo um cruzador de mísseis e um submarino nuclear de ataque. Caracas classificou essas ações como uma provocação, uma tentativa de desestabilizar a região e uma violação dos tratados internacionais que garantem o status desmilitarizado e livre de armas nucleares do Caribe.
Diante das tensões, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assinou um decreto que declara estado de ameaça externa, conferindo ao chefe de Estado poderes especiais nas áreas de defesa e segurança nacional.