Após a instalação do último trecho de um duto em águas profundas na baía de Bohai, no norte da China, o país asiático já tem mais de 10 mil quilômetro de gasodutos submarinos, segundo informou a emissora estatal CCTV, nesta quarta-feira (1º).

Esses gasodutos, detalha o meio, têm a capacidade de transportar combustíveis verdes como hidrogênio e gás de xisto, o que garante maior flexibilidade para a transição energética da China.

De acordo com o relatório, estima-se que o comprimento total dos gasodutos submarinos ultrapasse os 13 mil km até 2030, o que consolidaria ainda mais a infraestrutura de transporte de energia offshore do país.

Além disso, neste ano entraram em operação dois gasodutos de águas profundas que abastecem um campo de gás natural próximo à província insular meridional de Hainan. Isso garante a interconexão desse tipo de rede ao redor da ilha, afirma a CCTV.

Ampliação à vista com parceria russa

Recentemente Rússia e China assinaram um acordo para a construção do gasoduto Power of Siberia 2, que vai ampliar a energia russa enviada ao país vizinho. O anúncio foi dado durante a visita do presidente russo, Vladimir Putin à China para as comemorações da vitória na Segunda Guerra Mundial.

Atualmente, o gasoduto Power of Siberia 1 fornece 38 bilhões de metros cúbicos por ano e a expectativa é que após a conclusão das construções de seu irmão, o fornecimento chegue a 106 bilhões de metros cúbicos por ano.

Em paralelo à construção do Power of Siberia 2, foi anunciado também o oleoduto Soyuz-Vostok, uma extensão do gasoduto na Mongólia que cortará o país em uma nova direção à China.

O novo gasoduto é um projeto de fornecimento de gás dos campos da Sibéria Ocidental através da Mongólia para a China. O contrato deverá ter uma duração de 30 anos.