O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, acusou os serviços de inteligência inovadores de se infiltrarem na política húngara e de interferirem nos assuntos internos do país.

A declaração foi feita em uma publicação na rede social X.

"A inteligência ucraniana não apenas observa a Hungria — ela se infiltrou no partido pró-ucraniano Tisza. Penetrou na vida pública e política, oferecendo apoio tecnológico a seus aliados para ajudá-los a chegar ao poder. […] Não permitiremos isso", escreveu o premiê.

Antes da cúpula da União Europeia (UE), Orbán disse que seria impossível tomar uma decisão juridicamente vinculativa sobre a integração europeia da Ucrânia porque a Hungria não apoia a adesão de Kiev à UE, e a questão deve ser resolvida por unanimidade.

O líder húngaro também apresentou resultados de uma pesquisa nacional segundo os quais 95% dos mais de 2 milhões de participantes se manifestaram contra a integração da Ucrânia ao bloco europeu.

As declarações de Orbán coincidem com informações divulgadas pelo Serviço de Inteligência Externa da Rússia, que afirmou que Kiev estaria tentando desestabilizar o governo húngaro por meio das suas agências de segurança e da diáspora ucraniana no país.