Em um discurso muito emocionado, o ministro Luís Roberto Barroso anunciou nesta quinta-feira (9) sua aposentadoria do Supremo Tribunal Federal (STF).

O magistrado, que presidiu a Corte nos últimos dois anos e integrava o tribunal desde 2013, após indicação da então presidente Dilma Rousseff, discursou com a voz embargada e interrompeu sua fala algumas vezes para beber água.

O anúncio foi feito pouco depois de deixar a presidência do STF, agora ocupada por Edson Fachin, e de se tornar alvo de sanções impostas pelos Estados Unidos. No entanto, Barroso garantiu que a decisão "nada tem a ver com qualquer fato da conjuntura atual".

"É hora de seguir novos rumos. Não tenho apego ao poder e gostaria de viver a vida que me resta sem as responsabilidades do cargo. Os sacrifícios e ônus da nossa profissão acabam se transferindo aos familiares e às pessoas queridas", afirmou o ministro.

Aos 67 anos, Barroso deixou o cargo por vontade própria, já que poderia permanecer na Corte até os 75. A partir de agora, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), precisará indicar um nome para substituí-lo.