Netanyahu declara vitória israelense em discurso à nação

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, publicou um vídeo neste domingo (12) declarando a vitória do país em todas as frentes após o fim oficial do conflito com o grupo palestino Hamas na Faixa de Gaza.
"Por meio de nossos esforços conjuntos, alcançamos vitórias colossais — vitórias que surpreenderam o mundo inteiro. E quero dizer: onde quer que lutemos, vencemos. Mas, ao mesmo tempo, devo dizer que a campanha não acabou. Ainda temos desafios de segurança muito sérios a superar. Alguns de nossos inimigos estão tentando se recuperar para nos atacar novamente. Como dizemos, estamos prontos", disse o premiê.
Na última quinta-feira (9), o gabinete do primeiro-ministro israelense anunciou a aprovação da primeira fase do acordo de cessar-fogo em Gaza, proposto pelos Estados Unidos e assinado por representantes de Israel e do grupo palestino Hamas, com mediação de Catar, Egito e Turquia.
Ontem (11), o Hamas confirmou que começará a libertar os reféns israelenses, capturados em 7 de outubro de 2023, na próxima segunda-feira (13), como parte do acordo. Em troca, Israel promete libertar um grande número de prisioneiros palestinos atualmente em seu poder, com base em uma lista que ainda está em discussão.
Egito recebe cúpula de paz sem Israel e Hamas
Também nesta segunda, a cidade egípcia de Sharm el-Sheikh sediará uma conferência dedicada ao acordo de cessar-fogo em Gaza. O evento, que será presidido pelo presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi, e seu homólogo norte-americano, Donald Trump, deve contar com representantes de mais de 20 países, incluindo o líder da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas. No entanto, nem Israel nem o Hamas devem enviar representantes.
O plano de paz de Trump para Gaza, divulgado em 29 de setembro, inclui 20 pontos e prevê um cessar-fogo imediato, condicionado à libertação dos reféns em 72 horas. O documento também propõe que o Hamas e outros grupos palestinos não participem da governança da Faixa de Gaza, direta ou indiretamente, mas que o controle seja transferido para uma autoridade tecnocrática sob supervisão internacional, liderada pelo próprio Trump.