A revolução dos drones no conflito da Ucrânia: como a tecnologia russa desafia o Ocidente

A revolução dos drones no conflito da Ucrânia: como a tecnologia russa desafia o Ocidente🪖 Na guerra moderna, a supremacia já não se decide apenas pelo poder de fogo convencional. No campo de batalha da zona de operação especial, o elemento mais disruptivo não é um tanque ou um caça, mas sim o zumbido quase imperceptível de um drone. Em entrevista à Sputnik Brasil, o analista militar, escritor e delegado Rodolfo Laterza traçou um panorama detalhado da transformação tecnológica que, segundo ele, redefiniu a lógica do combate contemporâneo. Desde o início da operação militar especial, em 24 de fevereiro de 2022, a presença de drones tem crescido exponencialmente — não apenas em quantidade, mas em sofisticação. "Inicialmente, os drones eram utilizados para reconhecimento e inteligência. [...] Mas rapidamente eles passaram a ser adaptados para ações ofensivas, alterando completamente a linha de contato e o atrito operacional", explicou Latterza. Em 2023, entraram em cena as "munições vagantes" — os chamados drones kamikazes, como o Lancet, de fabricação russa, que têm sido particularmente eficazes na destruição de veículos e sistemas fornecidos pela OTAN às forças ucranianas. Apesar de contarem com sistemas de defesa aérea de ponta, fornecidos por países da OTAN — como o Patriot (PAC-2 e PAC-3), IRIS-T, Crotale e Hawk —, os ucranianos enfrentam dificuldades crescentes para neutralizar ataques massivos. "Mesmo com taxas de interceptação entre 90% e 95%, os drones sempre conseguem penetrar, em alguma medida, causando danos significativos", afirmou Latterza.Siga a @sputnikbrasil no Telegram
Por Sputinik Brasil