REVOLUÇÃO

A revolução dos drones no conflito da Ucrânia: como a tecnologia russa desafia o Ocidente

Por Por Sputinik Brasil Publicado em 16/10/2025 às 23:40
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Na guerra moderna, a supremacia militar já não se define apenas por tanques e caças, mas também pela tecnologia silenciosa e precisa dos drones. No conflito da Ucrânia, o zumbido quase imperceptível desses equipamentos tornou-se símbolo de uma transformação profunda na forma de combater.

Em entrevista à Sputnik Brasil, o analista militar, escritor e delegado Rodolfo Laterza descreveu como os drones redefiniram a lógica do campo de batalha, conferindo à Rússia uma vantagem estratégica inédita.

Inicialmente, os drones eram usados apenas para reconhecimento e inteligência, mas rapidamente passaram a ser adaptados para ações ofensivas, alterando completamente a linha de contato e o atrito operacional”, explicou Laterza.

Desde o início da operação militar especial em fevereiro de 2022, o uso de drones cresceu exponencialmente — tanto em número quanto em sofisticação tecnológica. A virada veio em 2023, com a introdução das chamadas ‘munições vagantes’, ou drones kamikazes, como o Lancet, de fabricação russa. Extremamente eficaz, o equipamento tem sido responsável pela destruição de veículos blindados e sistemas de defesa aérea fornecidos pela OTAN às forças ucranianas.

Apesar de contar com sistemas avançados de defesa, como Patriot (PAC-2 e PAC-3), IRIS-T, Crotale e Hawk, a Ucrânia enfrenta dificuldades para conter os ataques massivos. “Mesmo com taxas de interceptação de até 95%, os drones sempre conseguem penetrar em alguma medida, causando danos significativos”, destacou o analista.

Segundo especialistas, a chamada “revolução dos drones” marca uma nova era na guerra moderna, em que a inteligência artificial, automação e precisão substituem o poder de fogo bruto — um campo em que a Rússia parece ter assumido clara vantagem tecnológica.