O Porto do Açu segue confiante no potencial do mercado de descomissionamento de plataformas de petróleo, mesmo diante da revisão nos investimentos anunciados pela Petrobras para essa atividade. A avaliação da administração do porto é que, ainda que a estatal opte por estender a produção em campos maduros, a demanda por serviços diretos e indiretos continuará elevada.

“O Porto do Açu consegue atuar em projetos da Petrobras desde a fase de exploração, por meio da base de apoio offshore, passando pela produção, com os fabricantes de tubos flexíveis, até o descomissionamento, que já representa uma parcela substancial do crescimento das nossas receitas de serviços”, afirmou Eugenio Figueiredo, CEO do Porto do Açu, durante encontro com a imprensa.

No Plano de Negócios 2026-2030, a Petrobras prevê investir US$ 9,7 bilhões em descomissionamento de plataformas e abandono de poços nos próximos cinco anos. No ciclo anterior, 2025-2029, o valor estimado era de US$ 9,9 bilhões para o descomissionamento sustentável e abandono de poços. Atualmente, as plataformas P-36 e P-33 estão sendo desmontadas no complexo, localizado em São João da Barra (RJ), em contrato com duração de três anos.

Figueiredo e o presidente da Prumo Logística, Rogério Zampronha, destacaram que, em fevereiro de 2026, a P-33 completará dois anos no porto. “A retirada depende da Petrobras, mas é importante frisar que, enquanto permanecem aqui, não consomem diesel e o impacto ambiental é reduzido”, ressaltaram.

Hoje, o Porto do Açu conta com três berços capazes de receber simultaneamente mais de três FPSOs ou sondas em pré-descomissionamento, com possibilidade de expansão para até dez unidades, mediante ajustes operacionais.

Como antecipou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, em outubro, o Porto do Açu firmou uma parceria com a IKM Testing, braço do grupo norueguês IKM, para criar um hub dedicado ao descomissionamento sustentável.