CONFLITO NA ÁSIA

Tailândia e Camboja voltam a se enfrentar após acordo de cessar-fogo mediado por Trump

Disputa territorial reacende tensão na fronteira meses depois de pacto internacional que previa medidas de paz.

Publicado em 08/12/2025 às 20:11
Ilustração de IA

A antiga rivalidade entre Tailândia e Camboja por áreas de fronteira voltou a escalar para confrontos armados, poucos meses após um cessar-fogo intermediado pelo então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Em julho, os dois países do sudeste asiático travaram combates durante cinco dias em uma região disputada, resultando em dezenas de mortes entre civis e militares, além da evacuação de milhares de moradores de ambos os lados.

Na segunda-feira, ocorreram os confrontos mais intensos desde a trégua. Embora não esteja claro quem iniciou o ataque, a Tailândia realizou investidas aéreas ao longo da fronteira, acompanhadas de combates terrestres.

As reivindicações remontam a um mapa de 1907, elaborado durante o domínio colonial francês no Camboja, cuja precisão é contestada pela Tailândia. O descontentamento tailandês também se deve a uma decisão do Tribunal Internacional de Justiça, que em 1962 concedeu soberania de terras ao Camboja — decisão reafirmada em 2013. Entre 2008 e 2011, o impasse já havia provocado outros confrontos.

Uma trégua instável foi alcançada no fim de julho, após pressão da Malásia por negociações e intervenção de Trump, que utilizou a influência do mercado norte-americano sobre as exportações dos dois países, ameaçando suspender privilégios comerciais.

O acordo preliminar resultou em um pacto mais detalhado em outubro, prevendo coordenação de operações de desminagem, retirada de armas pesadas da fronteira, medidas para restaurar a confiança e o compromisso de evitar retórica hostil e informações falsas. No entanto, nenhuma dessas ações foi implementada integralmente.

Fonte: Associated Press.

Conteúdo traduzido com o auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.