Como funciona a nova lista dos criminosos mais procurados do Brasil
Ferramenta do Ministério da Justiça integra o Programa Captura e busca agilizar a localização e prisão de foragidos em todo o País.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, lançou nesta segunda-feira, 8, uma nova lista com os criminosos mais procurados do Brasil. A iniciativa integra o Programa Captura, cujo objetivo é identificar, localizar e prender os principais foragidos do País.
Segundo o Ministério da Justiça, cada Estado indicou oito alvos prioritários, definidos a partir dos seguintes critérios de risco:
- Gravidade e natureza do crime cometido;
- Vinculação com organizações criminosas;
- Existência de múltiplos mandados de prisão;
- Atuação interestadual.
A proposta também prevê o intercâmbio de informações entre os Estados e incentiva a colaboração direta da população. Denúncias anônimas podem ser feitas pelos canais 190 e 197.
De acordo com o governo, a lista dos procurados, disponível no portal institucional, permite que órgãos de segurança de todo o País identifiquem os alvos prioritários, "o que facilita operações conjuntas, acelera diligências e potencializa a captura interestadual de foragidos".
O cadastro poderá ser atualizado semestralmente ou, em casos excepcionais devidamente justificados, a qualquer momento.
Centro operacional no Rio de Janeiro
Entre as ações previstas, destaca-se a instalação de uma "célula operacional" no Estado do Rio de Janeiro. Segundo o Ministério, criminosos de diferentes regiões do Brasil frequentemente se ocultam em áreas do Estado fluminense.
Sistema de inteligência
Também nesta segunda-feira, o ministro instituiu o Sistema Nacional de Inteligência para Enfrentamento ao Crime Organizado (Orcrim).
A medida cria um repositório estratégico de informações de inteligência voltado ao combate às organizações criminosas.
O novo sistema tem como objetivos promover a integração entre órgãos de segurança, permitir a interoperabilidade entre bancos de dados e unificar metodologias de identificação de indivíduos ligados a estruturas criminosas.
O acesso será restrito às agências de inteligência da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícias Civis e Militares dos estados e do Distrito Federal, além das secretarias estaduais de segurança pública e dos sistemas penitenciários.
A governança do Orcrim ficará sob responsabilidade da Senasp, que também definirá normas técnicas para adesão, operação e tratamento de dados.