SEGURANÇA PÚBLICA

Como funciona a nova lista dos criminosos mais procurados do Brasil

Ferramenta do Ministério da Justiça integra o Programa Captura e busca agilizar a localização e prisão de foragidos em todo o País.

Publicado em 08/12/2025 às 20:57
Reprodução

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, lançou nesta segunda-feira, 8, uma nova lista com os criminosos mais procurados do Brasil. A iniciativa integra o Programa Captura, cujo objetivo é identificar, localizar e prender os principais foragidos do País.

Segundo o Ministério da Justiça, cada Estado indicou oito alvos prioritários, definidos a partir dos seguintes critérios de risco:

- Gravidade e natureza do crime cometido;
- Vinculação com organizações criminosas;
- Existência de múltiplos mandados de prisão;
- Atuação interestadual.

A proposta também prevê o intercâmbio de informações entre os Estados e incentiva a colaboração direta da população. Denúncias anônimas podem ser feitas pelos canais 190 e 197.

De acordo com o governo, a lista dos procurados, disponível no portal institucional, permite que órgãos de segurança de todo o País identifiquem os alvos prioritários, "o que facilita operações conjuntas, acelera diligências e potencializa a captura interestadual de foragidos".

O cadastro poderá ser atualizado semestralmente ou, em casos excepcionais devidamente justificados, a qualquer momento.

Centro operacional no Rio de Janeiro

Entre as ações previstas, destaca-se a instalação de uma "célula operacional" no Estado do Rio de Janeiro. Segundo o Ministério, criminosos de diferentes regiões do Brasil frequentemente se ocultam em áreas do Estado fluminense.

Sistema de inteligência

Também nesta segunda-feira, o ministro instituiu o Sistema Nacional de Inteligência para Enfrentamento ao Crime Organizado (Orcrim).

A medida cria um repositório estratégico de informações de inteligência voltado ao combate às organizações criminosas.

O novo sistema tem como objetivos promover a integração entre órgãos de segurança, permitir a interoperabilidade entre bancos de dados e unificar metodologias de identificação de indivíduos ligados a estruturas criminosas.

O acesso será restrito às agências de inteligência da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícias Civis e Militares dos estados e do Distrito Federal, além das secretarias estaduais de segurança pública e dos sistemas penitenciários.

A governança do Orcrim ficará sob responsabilidade da Senasp, que também definirá normas técnicas para adesão, operação e tratamento de dados.