O presidente da Ucrânia, Volodymir Zelenski, reafirmou que não aceitará ceder qualquer território à Rússia, mesmo diante da pressão dos Estados Unidos para um acordo. "A Rússia insiste para que cedamos territórios. Não queremos ceder nada. É por isso que estamos lutando", declarou Zelenski em mensagem via WhatsApp. Segundo ele, tanto a lei quanto a moral ucranianas não permitem concessões.

Nesta terça-feira (9), Zelenski reuniu-se com o papa Leão XIV e tem encontro previsto com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni. No dia anterior, esteve em Londres com os líderes do Reino Unido, Keir Starmer; da França, Emmanuel Macron; e da Alemanha, Friedrich Merz.

Estados Unidos e Ucrânia encerraram três dias de negociações sobre o plano de paz americano. O principal impasse é a proposta de que Kiev ceda a região de Donbass à Rússia — ideia rejeitada tanto pela Ucrânia quanto pelos europeus. O ex-presidente Donald Trump expressou frustração, afirmando que Zelenski "ainda não leu a proposta", e tem pressionado pela cessão de território como condição para encerrar o conflito.

Zelenski reconheceu que Trump "quer acabar com a guerra", mas ressaltou que os ucranianos compreendem "detalhes e nuances" por estarem diretamente envolvidos no conflito. Ele ainda informou que o plano dos EUA foi reduzido de 28 para 20 pontos após a retirada de itens considerados "anti-ucranianos".

Keir Starmer, Emmanuel Macron e Friedrich Merz reiteraram o apoio a Kiev e defenderam um cessar-fogo "justo e duradouro". Os europeus buscam garantias de segurança para evitar uma nova ofensiva russa. Zelenski acusa o presidente russo, Vladimir Putin, de retardar as negociações enquanto avança lentamente e intensifica ataques à infraestrutura ucraniana.

Com informações da Associated Press.