O Tribunal de Rostov, na Rússia, condenou nesta quinta-feira (27) à prisão perpétua oito pessoas acusadas de terrorismo pelo atentado à ponte da Crimeia, crime ocorrido em 2022, que deixou cinco mortos.

A sentença se deu pela acusação de terrorismo, além da aquisição e transporte ilegais de dispositivos explosivos.

O atentado aconteceu quando a ponte rodoviária e ferroviária da Crimeia, com 19 quilômetros de extensão, foi atingida por um caminhão-bomba em 8 de outubro de 2022, oito meses após Moscou invadir a Ucrânia. Posteriormente, Kiev reivindicou a autoria do ataque, alegando que o objetivo era prejudicar a logística de Moscou.

"Os réus foram considerados culpados e condenados à prisão perpétua", informou o tribunal militar do sul da Rússia, na cidade de Rostov-on-Don, pelo Telegram.

Investigadores russos afirmaram que o ataque foi organizado por Vasyl Malyuk, chefe do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU). O dispositivo teria sido desenvolvido em território ucraniano, transportado para a Rússia e colocado em um caminhão, cujo motorista desconhecia o plano. O motorista do veículo e quatro ocupantes de um carro próximo morreram na explosão.

Dois dias após o ataque, as forças russas iniciaram bombardeios na infraestrutura energética ucraniana, que continuam até hoje.

Inaugurada em 2018 pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, a ponte da Crimeia atravessa o Estreito de Kerch, ligando o território russo à península anexada por Moscou em 2014.