APÓS ACORDO

Atendendo recomendação do Ministério Público, Câmara inicia reorganização dos cargos de assessores

Texto de Projeto de Lei lido em plenário estabelece limites claros para número de assessores por vereador e fixa valores salariais; proposta ainda será votada

Por Redação Tribuna do Agreste Publicado em 09/06/2025 às 08:05

A Câmara Municipal de Palmeira dos Índios apresentou, em primeira leitura, na última semana, o Projeto de Lei nº CM 016/2025, que propõe a reorganização do quadro de cargos comissionados dos gabinetes parlamentares. A medida está alinhada à recomendação expedida pelo Ministério Público do Estado de Alagoas, que orienta os Legislativos municipais a instituírem, por meio de lei formal, o número máximo de assessores por vereador, com detalhamento das funções e remuneração, como forma de dar transparência e controle à estrutura de pessoal.

De acordo com o texto, o projeto modifica os anexos III e VI da Lei nº 2.121/2017, revoga os anexos IV e VII, e altera o artigo 7º da referida norma. Entre os principais pontos, a proposta fixa a existência de 30 cargos de Assessor Legislativo (símbolo CCAV-01), com salário de R$ 1.800,00, e 15 cargos de Chefe de Gabinete Legislativo (CCAV-02), com vencimento de R$ 2.200,00.

Estrutura definida por função parlamentar

Pela proposta, o quadro de assessores será distribuído da seguinte forma:

Presidente da Mesa Diretora: 4 assessores legislativos e 1 chefe de gabinete;

Demais membros da Mesa: 3 assessores e 1 chefe de gabinete;

Demais vereadores: 2 assessores e 1 chefe de gabinete.

A medida estabelece limites proporcionais à função institucional de cada parlamentar e revoga dispositivos anteriores da lei de 2017, que davam margem a interpretações abertas e contratações irregulares.

Conformidade com o Ministério Público

A proposta atende diretamente à Recomendação do MP/AL, que cobra das Câmaras municipais a organização do quadro funcional por meio de lei específica, com fixação objetiva de cargos e valores. A medida visa combater abusos na criação de funções comissionadas e garantir que a nomeação para cargos de assessoramento siga critérios legais e transparentes.

Ainda em fase de tramitação, o projeto deverá passar pelas comissões internas da Câmara antes de ser votado em plenário. Caso aprovado, o texto segue para sanção do Executivo Municipal.

E o concurso público?

A iniciativa da Mesa Diretora caminha no sentido da legalidade e da estruturação do Legislativo. Mas a principal cobrança da sociedade e do próprio Ministério Público continua de pé:
Quando será formalizado o concurso público da Câmara Municipal de Palmeira dos Índios?

A pergunta permanece sem resposta oficial.