O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou nesta quarta-feira (9) a senadora Tereza Cristina (PP-MS) após ela não mencioná-lo como um dos possíveis candidatos da direita à Presidência da República em 2026. A senadora havia citado Tarcísio de Freitas (SP), Ratinho Júnior (PR) e Michelle Bolsonaro como nomes viáveis para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro ironizou as declarações de Tereza Cristina e acusou a ex-ministra da Agricultura de agir por “interesse pessoal”.

“Acho interessante que você diga que as pesquisas colocam o Ratinho Júnior como viável e diga, na mesma entrevista, que eu não sou viável, mesmo que as pesquisas mostrem o inverso oposto”, escreveu.

O parlamentar também afirmou que a postura da senadora reflete alinhamento com setores econômicos.

“Fica parecendo que seu conceito de viabilidade é aquele que se enquadra no seu interesse pessoal. Longe de mim acusar você de agir apenas visando seus interesses pessoais, afinal, sabemos bem que você é capaz de representar interesses pessoais alheios, desde que sejam os interesses dos grandes capitais do país”, disse.

Tereza Cristina afirmou em entrevista que a oposição precisa de “maturidade” para evitar divisões internas, sob o risco de favorecer a reeleição de Lula. A ex-ministra defendeu que a escolha do candidato deve se basear em viabilidade eleitoral real e não em disputas internas.

Eduardo reagiu lembrando que a senadora construiu parte de sua carreira política com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Não deixa de ser inusitado que todo tipo de sujeito que deu grandes saltos na política, graças à minha família, agora se ache no direito de escolher o próximo candidato a presidente da direita”, declarou.

Não é a primeira vez que o deputado expressa descontentamento com aliados do campo conservador. Nos últimos meses, Eduardo Bolsonaro já fez críticas públicas ao presidente do PP, Ciro Nogueira, e ao governador Tarcísio de Freitas, sinalizando tensões internas no grupo bolsonarista sobre a sucessão presidencial de 2026.